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Brasil e Japão: quermesse do Templo Budista comemora 120 anos de amizade

Começa hoje a 42ª quermesse do templo localizado na 315/316 Sul. Durante os fins de semana de agosto, os brasilienses serão brindados com música, dança, religiosidade e culinária típicas do Japão. A celebração é uma tradição de 2,5 mil anos

A tradicional quermesse do Templo Budista de Brasília promete ser mais especial este ano por dois motivos. Será a primeira após o templo ser instituído como Patrimônio Histórico-Cultural da Capital Federal e comemorá os 120 anos de amizade entre o Brasil e o Japão. Por isso, o tema da 42; edição é Amizade, acolhimento e paz. A abertura será hoje, às 17h, na sede do templo, na 315/316 Sul. A expectativa é que cerca de 3 mil pessoas passem pelo local a cada noite, repetindo o público do ano passado. E a preparação está a todo vapor. Mais de 100 pessoas trabalharão para garantir o bom atendimento. Na programação, comidas típicas orientais e apresentações de dança. A quermesse pede, porém, uma contrapartida dos participantes: levar para a festa ;alegria, alegria e alegria;.

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O pedido carinhoso é do monge responsável pelo templo, Shojo Sato. ;O convite é a alegria. Levando em conta, claro, a amizade, o acolhimento e a paz. E a relação do Brasil com o Japão mostra como isso deve ser feito. Que sirva de exemplo;, diz Sato, que está na capital desde 1986. ;Brasília tem uma coisa especial, que é a busca pelo ecumenismo, pela diversidade, além de um templo bonito, como em nenhum outro lugar;, pondera o monge, à frente do templo desde 1998 ; época em que se converteu ao budismo.

Apesar de ser uma grande festa, a quermesse não perde o sentido religioso. Muito menos a essência. Começou há 2,5 mil anos para prestar homenagem aos antepassados, como se os pais e os avós representassem Deus, por conta de todo o bem que fazem aos familiares. Essa, inclusive, é uma das principais concepções do budismo. A religião prega, entre outras coisas, o valor aos antepassados, o respeito e a admiração. ;Imagina se não fossem eles? Nem aqui estaríamos.; A festa tem ainda importância econômica, pois é dela que o templo tira a maior parte do sustento, além, claro, do sentido cultural. ;Graças ao templo, todos podem ter contato com outra religião e cultura. Hoje, não atende mais apenas aos japoneses. A luz de Buda é para todos;, afirma o monge.

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