O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) mandou os quatro policiais militares acusados de matar um vendedor com três tiros a júri popular. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), a vítima roubou o carro de uma oficial da corporação. Murilo Alves de Macedo teria sido alertado por outros dois PMs a devolver o veículo, e eles chegaram a ser acusados de participação no crime, mas foram retirados do julgamento. A ação criminosa ocorreu em agosto de 2010.
A decisão é do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1; Vara Criminal de Goiânia. No entendimento dele, os militares Cláudio Henrique Camargos, Ricardo Rodrigues Machado, Alex Sandro Souza Santos e Vitor Jorge Fernandes serão julgados por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por usar recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Os subtenentes Fritz Agapito Figueiredo e Hamilton Costa Neves (que teriam alertado Murilo para que devolvesse o carro) foram despronunciados ; quando não há evidências de cooperação no crime.
Segundo o MPGO, Murilo de Macedo foi assassinado na Rua JR 09, no Jardim Real, depois de passar em um posto de gasolina para abastecer o Honda Civic roubado. No local, os policiais Fritz Agapito e Hamilton Neves, ambos à paisana, em razão de estarem realizando um serviço particular, teriam o abordado. Logo depois, chegaram os quatro PMs em um carro da corporação. Murilo morreu logo após a conversa com os oficiais fardados.
A Polícia Militar afirmou que a vítima foi agressiva e iniciou uma briga, além de tentar fugir. De acordo com a corporação, os PMs ;apenas revidaram o ataque;.