postado em 18/08/2015 13:34
;Começou porque minha mulher é um anjo.; De forma simples e direta, o aposentado Sebastião Cunha, 80 anos, explica o início da coleção de anjos da mulher, Rita Martins da Cunha, 78 anos. Doce e atenciosa com todos ao redor, há cerca de 25 anos a mulher começou a ganhar as imagens de presente de amigos e familiares. Hoje, elas fazem parte da vida da aposentada. Ao todo, são mais de 5 mil peças, além de quadros e tapetes. ;Quando falo que faço coleção, as pessoas acham que é algo pequeno;, brinca Rita. Na entrada da casa onde o casal mora, no Lago Sul, um anjo branco dá as boas-vindas logo do jardim. Na sala, a surpresa ao encontrar um espaço tomado por asas.
A coleção teve início com três prateleiras de mármore, mas, aos poucos, o lugar se tornou pequeno. ;Agora que estamos só eu e meu marido, todo mundo pergunta por que continuamos numa casa destse tamanho. Mas, se fosse morar em um apartamento, teria que ter um para nós e outro para os anjos;, conta Rita. É inevitável não se impressionar com o altar criado pela mulher ao avistá-lo. As imagens ficam na sala principal da casa, organizadas em dois ambientes. Há anjos de diferentes estilos, materiais, formatos, tamanhos e até idiomas.
Os três primeiros, vestidos de azul, estão na estante mais alta. Vieram de Juiz de Fora (MG), cidade onde Rita nasceu. Do lado oposto, outras estátuas feitas de gesso foram arrumadas de acordo com a cor da roupa. Tem a fileira da veste cor-de-rosa, outra da azul. Ainda há um espaço reservado para os anjos negros. São tantas as opções que é fácil se perder. Apenas um primeiro olhar não é suficiente. Depois de uma observação minuciosa, é possível entender a paixão de Rita pelas imagens. Desde pequena, ela sempre gostou e acreditou em anjo da guarda.
;Anjos são mensageiros de Jesus, enviados de Deus. Eles me acompanham, nunca estou sozinha;, afirma a aposentada. De acordo com a tradição cristã, anjos são autores de milagres e acredita-se que a missão deles é ajudar a humanidade a se aproximar de Deus. E não poderia ser diferente na casa de Rita. Em um dos ambientes, ela colocou um pequeno sofá e convida quem chega a se sentar e admirar. ;Dá uma sensação de paz e harmonia. Os anjos têm uma aura boa e iluminada;, comenta a aposentada. Em algumas ocasiões, o altar dos anjos funciona como um canto de silêncio e oração. ;Tenho amigas que, quando estão tristes ou passando por problemas, vêm aqui para casa. Elas dizem que aqui elas viajam;, conta.
Muitas histórias
Rita também reserva um tempo no meio do dia para ficar com os anjos. Ali, reza e pede pelos amigos e parentes. ;Sempre peço muita saúde.; No meio da coleção, cada imagem tem uma história. Tem um anjo de asas que lembra o cachorro da família e veio da capital americana, Washington. Há também os netos, os filhos e até amigos que se tornaram essenciais na vida do casal, como Maurício. De traços delicados e sutis, cada anjo emana um brilho diferente e dá um toque especial à casa de Rita. ;Uma vez, um dos meus filhos chegou em casa e ficou sentado pensando. Perguntei o que tinha acontecido e ele disse que a professora tinha mandado ele pensar na vida. Então, aquele anjinho com as mãos apoiadas no queixo é ele;, explica.
Algumas imagens vieram de longe. Da Itália, ela trouxe duas malas cheias de anjos. Também tem peças da África, das Filipinas, de Paris, de Fátima, do Vaticano, da Colômbia, do Chile e outras nacionais, vindas do Amapá, Curitiba, Natal e Belo Horizonte. A colecionadora também comprou várias estátuas artesanais no bazar da Casa Espírita Recanto de Maria, onde ela e o marido fazem trabalhos voluntários. Não poderia faltar os anjos exóticos, como o feito de folha de bananeira que uma das filhas trouxe da Chapada dos Veadeiros, outro de macarrão e um de bucha vegetal.
Segundo a aposentada, poucas são as peças repetidas e, quando uma quebra, ela dá um jeito. ;Mas não jogo fora;, afirma. Com o mesmo amor e a mesma delicadeza com que trata os outros, Rita cuida dos anjos. Ela passa pelo menos uma semana do mês limpando imagem por imagem. ;Aqui, é um campo minado. Tem que ser com amor e ter mãos delicadas;, comenta. Avó de seis netos e bisavó de um menino, a mulher coloca um cordão, também de anjos, para evitar que as brincadeiras cheguem ao altar. ;Quando o Renato (um dos netos) era mais novo, ele chegava aqui e ficava andando com as mãos para trás;, relembra, aos risos.
Para quem acredita no poder dos anjos da guarda, não restam dúvidas de que a casa de Sebastião e Rita é abençoada. ;Não sei viver sem eles, fazem parte da minha vida;, diz a aposentada.
A coleção teve início com três prateleiras de mármore, mas, aos poucos, o lugar se tornou pequeno. ;Agora que estamos só eu e meu marido, todo mundo pergunta por que continuamos numa casa destse tamanho. Mas, se fosse morar em um apartamento, teria que ter um para nós e outro para os anjos;, conta Rita. É inevitável não se impressionar com o altar criado pela mulher ao avistá-lo. As imagens ficam na sala principal da casa, organizadas em dois ambientes. Há anjos de diferentes estilos, materiais, formatos, tamanhos e até idiomas.
Os três primeiros, vestidos de azul, estão na estante mais alta. Vieram de Juiz de Fora (MG), cidade onde Rita nasceu. Do lado oposto, outras estátuas feitas de gesso foram arrumadas de acordo com a cor da roupa. Tem a fileira da veste cor-de-rosa, outra da azul. Ainda há um espaço reservado para os anjos negros. São tantas as opções que é fácil se perder. Apenas um primeiro olhar não é suficiente. Depois de uma observação minuciosa, é possível entender a paixão de Rita pelas imagens. Desde pequena, ela sempre gostou e acreditou em anjo da guarda.
;Anjos são mensageiros de Jesus, enviados de Deus. Eles me acompanham, nunca estou sozinha;, afirma a aposentada. De acordo com a tradição cristã, anjos são autores de milagres e acredita-se que a missão deles é ajudar a humanidade a se aproximar de Deus. E não poderia ser diferente na casa de Rita. Em um dos ambientes, ela colocou um pequeno sofá e convida quem chega a se sentar e admirar. ;Dá uma sensação de paz e harmonia. Os anjos têm uma aura boa e iluminada;, comenta a aposentada. Em algumas ocasiões, o altar dos anjos funciona como um canto de silêncio e oração. ;Tenho amigas que, quando estão tristes ou passando por problemas, vêm aqui para casa. Elas dizem que aqui elas viajam;, conta.
Muitas histórias
Rita também reserva um tempo no meio do dia para ficar com os anjos. Ali, reza e pede pelos amigos e parentes. ;Sempre peço muita saúde.; No meio da coleção, cada imagem tem uma história. Tem um anjo de asas que lembra o cachorro da família e veio da capital americana, Washington. Há também os netos, os filhos e até amigos que se tornaram essenciais na vida do casal, como Maurício. De traços delicados e sutis, cada anjo emana um brilho diferente e dá um toque especial à casa de Rita. ;Uma vez, um dos meus filhos chegou em casa e ficou sentado pensando. Perguntei o que tinha acontecido e ele disse que a professora tinha mandado ele pensar na vida. Então, aquele anjinho com as mãos apoiadas no queixo é ele;, explica.
Algumas imagens vieram de longe. Da Itália, ela trouxe duas malas cheias de anjos. Também tem peças da África, das Filipinas, de Paris, de Fátima, do Vaticano, da Colômbia, do Chile e outras nacionais, vindas do Amapá, Curitiba, Natal e Belo Horizonte. A colecionadora também comprou várias estátuas artesanais no bazar da Casa Espírita Recanto de Maria, onde ela e o marido fazem trabalhos voluntários. Não poderia faltar os anjos exóticos, como o feito de folha de bananeira que uma das filhas trouxe da Chapada dos Veadeiros, outro de macarrão e um de bucha vegetal.
Segundo a aposentada, poucas são as peças repetidas e, quando uma quebra, ela dá um jeito. ;Mas não jogo fora;, afirma. Com o mesmo amor e a mesma delicadeza com que trata os outros, Rita cuida dos anjos. Ela passa pelo menos uma semana do mês limpando imagem por imagem. ;Aqui, é um campo minado. Tem que ser com amor e ter mãos delicadas;, comenta. Avó de seis netos e bisavó de um menino, a mulher coloca um cordão, também de anjos, para evitar que as brincadeiras cheguem ao altar. ;Quando o Renato (um dos netos) era mais novo, ele chegava aqui e ficava andando com as mãos para trás;, relembra, aos risos.
Para quem acredita no poder dos anjos da guarda, não restam dúvidas de que a casa de Sebastião e Rita é abençoada. ;Não sei viver sem eles, fazem parte da minha vida;, diz a aposentada.