Renato Alves
postado em 25/08/2015 08:44
A Biblioteca e Sala de Consultas Externas do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF) vai ganhar o nome de uma das figuras mais importantes da construção de Brasília, o militar e médico Ernesto Silva (1914 ; 2010). A homenagem está marcada para esta quarta-feira (26/8), às 16h, no Arquivo Permanente. Ela acontece justamente no momento em que a instituição acaba de receber documentos pessoais do servidor, que morreu em fevereiro de 2010, aos 95 anos.
Uma solenidade com a presença de autoridades irá oficializar essa cessão com a assinatura de Termo Legal de Doação feito pela viúva de Ernesto Silva, Sônia Souto Silva, 77 anos. Paralelamente ao evento, acontecerá a abertura de exposição com 14 fotos de diversos momentos da trajetória do pioneiro. Tela com traços do renomado pintor mineiro Carlos Bracher, pintada em 2006, e presenteada a Ernesto Silva, ficará exposta na Biblioteca e Sala de Consultas do Arquivo Público.
Entre os documentos recebidos pelo Arquivo Público na última semana de junho estão cartas de agradecimento do Presidente JK, homenagens de órgãos do governo, diversos diplomas e certificados, livros, encadernações com informações sobre sua vida militar e servidor, além de fotografias de momentos importantes do crescimento da nova capital e da vida pública do servidor. Condecorações nacionais e internacionais também estão entre os pertences doados ao ArPDF.
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Por causa de sua fundamental participação na mudança da capital para o Planalto Central nos anos 50, Ernesto Silva era conhecido como o ;pioneiro do antes;. Entre 1953 e 1955 o carioca atuou como secretário da Comissão de Localização da Nova Capital do Brasil e, em 1956, como presidente da Comissão de Planejamento da Construção e da Mudança da Capital Federal. De 1956 a 1960, com a construção da cidade a pleno vapor, Ernesto Silva ocupou o cargo de diretor da Novacap, responsável direto pelos departamentos de saúde, educação e assistência social.
Trajetória
Militar e médico, Ernesto Silva era carioca de Vila Isabel, nascido em 17 de setembro de 1914. Formado em ciências e letras em 1933, tornou-se oficial do Exército três anos depois, chegando ao posto de coronel. Em 1946 realizou o sonho de ser pediatra, ao se formar médico pela Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Embalou nos braços as primeiras gerações de Brasília.
Durante a construção de Brasília realizou notável trabalho na área administrativa, ocupando diversas funções, realizando atividades ligadas às áreas de saúde, urbanização e cultura no Distrito Federal. Foi Ernesto Silva quem assinou o Edital do Concurso do Plano Piloto vencido pelo arquiteto e urbanista Lucio Costa.
Entre os seus feitos nos anos seminais de Brasília estão a criação da Fundação Hospitalar do Distrito Federal e construção do Hospital de Base, na época chamado de Hospital Distrital de Brasília (HDB). É autor de sete livros, destaques para o Plano Educacional e Plano de Saúde do DF e a História de Brasília, publicado em 1970. Ernesto Silva também participou da fundação do Rotary Clube de Brasília, do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, da Academia Brasiliense de Letras e da Aliança Francesa de Brasília, espaço que presidiu desde seu surgimento, em 1972, até seu falecimento, em fevereiro de 2010.
Apaixonado por Brasília, Ernesto Silva viveu modestamente seus últimos dias num apartamento da Asa Sul, protegido pelas sombras das árvores que ajudou a plantar
Uma solenidade com a presença de autoridades irá oficializar essa cessão com a assinatura de Termo Legal de Doação feito pela viúva de Ernesto Silva, Sônia Souto Silva, 77 anos. Paralelamente ao evento, acontecerá a abertura de exposição com 14 fotos de diversos momentos da trajetória do pioneiro. Tela com traços do renomado pintor mineiro Carlos Bracher, pintada em 2006, e presenteada a Ernesto Silva, ficará exposta na Biblioteca e Sala de Consultas do Arquivo Público.
Entre os documentos recebidos pelo Arquivo Público na última semana de junho estão cartas de agradecimento do Presidente JK, homenagens de órgãos do governo, diversos diplomas e certificados, livros, encadernações com informações sobre sua vida militar e servidor, além de fotografias de momentos importantes do crescimento da nova capital e da vida pública do servidor. Condecorações nacionais e internacionais também estão entre os pertences doados ao ArPDF.
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Por causa de sua fundamental participação na mudança da capital para o Planalto Central nos anos 50, Ernesto Silva era conhecido como o ;pioneiro do antes;. Entre 1953 e 1955 o carioca atuou como secretário da Comissão de Localização da Nova Capital do Brasil e, em 1956, como presidente da Comissão de Planejamento da Construção e da Mudança da Capital Federal. De 1956 a 1960, com a construção da cidade a pleno vapor, Ernesto Silva ocupou o cargo de diretor da Novacap, responsável direto pelos departamentos de saúde, educação e assistência social.
Trajetória
Militar e médico, Ernesto Silva era carioca de Vila Isabel, nascido em 17 de setembro de 1914. Formado em ciências e letras em 1933, tornou-se oficial do Exército três anos depois, chegando ao posto de coronel. Em 1946 realizou o sonho de ser pediatra, ao se formar médico pela Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Embalou nos braços as primeiras gerações de Brasília.
Durante a construção de Brasília realizou notável trabalho na área administrativa, ocupando diversas funções, realizando atividades ligadas às áreas de saúde, urbanização e cultura no Distrito Federal. Foi Ernesto Silva quem assinou o Edital do Concurso do Plano Piloto vencido pelo arquiteto e urbanista Lucio Costa.
Entre os seus feitos nos anos seminais de Brasília estão a criação da Fundação Hospitalar do Distrito Federal e construção do Hospital de Base, na época chamado de Hospital Distrital de Brasília (HDB). É autor de sete livros, destaques para o Plano Educacional e Plano de Saúde do DF e a História de Brasília, publicado em 1970. Ernesto Silva também participou da fundação do Rotary Clube de Brasília, do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, da Academia Brasiliense de Letras e da Aliança Francesa de Brasília, espaço que presidiu desde seu surgimento, em 1972, até seu falecimento, em fevereiro de 2010.
Apaixonado por Brasília, Ernesto Silva viveu modestamente seus últimos dias num apartamento da Asa Sul, protegido pelas sombras das árvores que ajudou a plantar