Adriana Bernardes
postado em 25/08/2015 15:33
O Distrito Federal coletou, pela primeira vez, amostra de DNA dos presos condenados por crimes hediondos. A prática está prevista na Lei de Execução Penal e é uma exigência em vigor há três anos e tem como objetivo formar o banco de indentificação do perfil genético desse tipo de presidiário no Brasil. O método de coleta é compusório e indolor.Leia mais notícias em Cidades
Entre os crimes hediondos estão o homicídio, o latrocínio (roubo seguido de morte), a extorção qualifiada pela morte e o estupro. O governo local adotou o procedimento em junho desse ano, após o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) expedir uma recomendação para que a então Secretaria de Segurança Pública e a Diretoria-geral da Polícia Civil adotassem uma rotina administrativa de coleta compulsória do material biológico.
Na recomendação, o MPDFT pediu prioridade para o cadastro de condenados por crimes contra a dignidade sexual por ter maior potencial de elucidação. Além disso, estudos indicam alta probabilidade de reincidência e um método de investigação eficaz por meio do cruzamento de amostras genéticas recolhidas das vítimas com aquelas constantes no banco de perfil genético.
As informações do DF serão inseridas na Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), criado em 2009. Segundo o Ministério da Justiça há 2,5 mil amostras de 18 unidades da federação já catalogadas.