Cidades

Justiça ouve seis testemunhas do massacre da Estrutural

Policiais militares são acusados de matar três pessoas e deixar outras duas feridas. Um dos sobreviventes foi enterrado vivo, segundo a denúncia do MPDFT

postado em 25/08/2015 19:52

O segundo dia de julgamento dos policiais militares acusado de dois homicídios, uma tentativa de homicídio e lesão corporal ocorridos durante desocupação da Estrutural em 1998 terminou às 18h20 desta terça-feira (25/8). Seis testemunhas foram ouvidas pelo juiz-presidente do Júri, entre elas o morador de apelido Azul, sobrevivente do confronto.

No dia, ele foi considerado morto pela polícia e faz parte do programa de proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas (PROVITA). O depoimento dele ocorreu sem a presença dos réus e do público. A segunda testemunha a ser ouvida foi outro morador da Estrutural, à época, que também pediu o esvaziamento do plenário e a retirada dos acusados.

O julgamento do caso conhecido como massacre da Estrutural teve início na segunda-feira (24/8) e deve prosseguir até sexta-feira (28/8). Três testemunhas foram dispensadas pelas partes, inclusive um ex-parlamentar, a quem os moradores costumavam recorrer para reclamar das operações policiais de desocupação da área. Também foram ouvidas o tenente-coronel da Polícia Militar (PMDF), que atuava na Corregedoria da PM, e responsável pela apuração dos fatos; o delegado da Polícia Civil (PCDF) lotado na Delegacia de Homicídios (DH), na época; o agente de polícia da DH que fez o relatório dos fatos; e o coronel da PMDF encarregado do inquérito policial militar.

Nesta quarta-feira (26/8), o juiz pretende continuar a oitiva das dezoito testemunhas que ainda prestarão depoimento. A sessão está marcada para começar às 9h.

Os militares vão à júri 17 anos depois da morte de Luciano Pires Aquino, Milton de Sá e Regina Célia do Nascimento. Em agosto de 1998, os PMs Daniel de Souza Pinto Júnior, Luiz Henrique Fonseca Teixeira, Carlos Chagas de Alencar, Rodrigo Moreira de Souza, Antônio da Costa Veloso, Francisco Alves de Lima, Vangelista Pereira de Sousa, Cássio Marinho, Márcio Serra Freixo e Eduardo Araújo de Oliveira, a serviço da corporação, teriam praticado os crimes.

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