Super-heróis, vilões poderosos, criaturas fantásticas, mundos futurísticos e realidades paralelas. Por meio de tinta e papel, tudo é possível nas páginas das histórias em quadrinhos. Aficionados por gibis, tirinhas e comics se multiplicam pelo Distrito Federal, que também se destaca cada vez mais na produção nacional da área, com obras de traçado experimental e temas diferenciados. Com o desenvolvimento crescente do meio na capital, será realizado, entre 16 e 18 de setembro, o I Encontro de Quadrinhos de Brasília (I EnQuadrinhos). Leitores assíduos, colecionadores, artistas e pesquisadores são algumas das figuras que integram o colorido universo dos apaixonados pelo gênero.
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O encontro ocorrerá no Câmpus Darcy Ribeiro, da Universidade de Brasília (UnB). No primeiro dia, serão oferecidas três oficinas, a cargo de reconhecidos quadrinistas. Nos dias seguintes, a programação contará com quatro palestras, com o jornalista Paulo Ramos e os artistas Rafael Coutinho, Edgar Franco e Henrique Magalhães. Também haverá apresentações curtas de diversos trabalhos científicos, em formato de pôster, escolhidos por meio de seleção no site do evento. No período da noite, estão previstos lançamentos de livros e revistas, além de feiras de editoras especializadas em quadrinhos. As inscrições para a exposição de trabalhos estão encerradas, mas ainda há vagas para as oficinas ou para quem queira participar como ouvinte. Interessados podem acessar o site do evento (veja quadro) para mais informações.
A expectativa é de que cerca de 200 pessoas participem do encontro. ;O interesse por quadrinhos tem crescido muito em Brasília nos últimos anos. A cidade perde apenas para São Paulo. Não só há artistas importantes, como também muitos consumidores;, diz o organizador do EnQuadrinhos, Raimundo Lima, 38 anos. Ele também é proprietário da loja Kingdom Comics, localizada no Conic, uma dos estabelecimentos mais tradicionais em questão de comércio de HQs. Dos gibis mais conhecidos até publicações independentes e produções locais, as prateleiras da loja enchem os olhos de quem gosta do gênero. Por semana, Raimundo atende cerca de 100 clientes, o que demonstra a paixão dos brasilienses pelo ramo. ;A loja é um dos pontos de encontro das pessoas do meio. Recebemos gente muito variada, do diplomata ao punk;, afirma.
Expansão
Assim como na Kingdom Comics, é esperado o mais variado público na EnQuadrinhos. O pedagogo Rogélyo Cardoso, 34 anos, empolgou-se com o evento. Em seu apartamento, na Asa Norte, acumula mais de 3 mil quadrinhos, organizados impecavelmente em um armário. ;Comecei a gostar por meio de amigos, que me mostraram alguns títulos. Hoje, leio uns 10 por semana, mas esse número já chegou a 60;, conta. Sejam histórias de super-heróis comerciais, sejam obras experimentais, Rogélyo se diverte procurando novos HQs para comprar. ;Conheço bastante gente da cidade que gosta desse tipo de publicação. É cada vez mais fácil encontrar lugares onde comprar, o que ajuda;, acrescenta.
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