Isa Stacciarini
postado em 31/08/2015 07:10
A área desobstruída às margens do Lago Paranoá, na QL 12 da Península dos Ministros, deve ser limpa em até 15 dias e liberada ao público de forma gradativa a partir do Parque Anfiteatro Natural do Lago Sul, o Parque da Asa Delta. A previsão é do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que garantiu o acesso ao espaço antes cercado pelas invasões. O projeto de recuperação do terreno degradado, no entanto, deve demorar seis meses. Isso porque, em alguns trechos, não é possível estudá-los via satélite. Na manhã de ontem, técnicos do Ibram fizeram uma visita guiada com grupos de até 10 pessoas. Para comemorar a derrubada, o gramado do parque ainda deu lugar à festa durante o evento Isoporzinho no Lago.
Durante o passeio pelo local, o público passou pelas piscinas aterradas por funcionários da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), caminhou entre as estruturas de madeira demolidas e conheceu a extensão de algumas mansões de luxo. O dono de uma das casas com uma sala de cinema que ocupa parte do espaço público contratou dois vigilantes para garantir a segurança da área. Em outro ponto, uma quadra de esportes que fazia parte da estrutura de uma embaixada foi lacrada por técnicos do Ibram. A previsão é liberá-la para uso da população.
No total, sete embaixadas e quatro imóveis da União ficam na região que sofreu a operação. Segundo o superintendente de Estudos, Programas, Monitoramento e Educação Ambiental do Ibram, Luiz Rios, duas providências poderão ser tomadas em relação às residências oficiais. ;Uma das opções é conseguir um acordo com o Ministério das Relações Exteriores e fazer uma negociação com o país da embaixada para liberar a parte dos 30m. Ou, então, por questão de segurança, fazer uma passarela de madeira que dá acesso ao espaço público;, adiantou.
Por enquanto, a parte desocupada ficará interditada por segurança da população. Mas, antes do plano de recuperação, a intenção é que o espaço esteja liberado. ;No momento, ela permanece restrita, pois ainda é um canteiro de obras e oferece riscos às pessoas. O acesso fica bloqueado até a limpeza do terreno e o estudo da perícia, uma vez que envolve uma área de possível crime ambiental;, detalhou Luiz. ;Antes de terminar o plano de recuperação, a população deve utilizar o espaço com ações de educação ambiental pelo governo e de conscientização para que entendam a importância do espaço que é uma Área de Proteção Permanente;, acrescentou.
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