postado em 04/09/2015 07:06
Além dos fatores humanos para o início das queimadas, elementos climáticos contribuem para o alastramento das chamas. A Defesa Civil decretou ontem estado de alerta no Distrito Federal por causa da baixa umidade do ar. Os últimos três dias foram os mais secos do ano. O Instituto Nacional de Meteorologia do DF (Inmet) registrou 20% de umidade na última terça-feira; 17% na quarta; e, novamente, 20% na quinta. A major da Defesa Civil Juliana Toledo de Melo recomenda cuidados especiais. ;A orientação é de que a população evite exposição ao sol entre as 10h e as 17h, aumente a hidratação, use soro fisiológico nas narinas e utilize filtro solar;, orientou (veja quadro). Ontem, o maior incêndio do ano no DF chegou ao quarto dia.
A meteorologista do Inmet Morgana Almeida informou que o tempo seguirá quente e seco nos próximos dias. ;Seguiremos com temperaturas elevadas e com a umidade na casa dos 20% a 15%. Serão dias bem críticos. A máxima ficará entre 32;C e 33;C;, disse. A quarta-feira foi o segundo dia mais quente do ano, com 32,6;C, temperatura também registrada em 27 de agosto. Ontem, a máxima ficou em 32,3;C.
Nesta sexta-feira (4/9), a temperatura mínima, registrada durante a madrugada, foi de 18 ;C. A máxima, nas horas mais quentes do dia, fica em torno de 33 ;C. A umidade do ar fica entre 50% e 15%. O tempo ficará parcialmente nublado, com névoa seca.
O clima seco, que prevalece há muitos dias, facilita o início e a propagação do fogo. Os ventos, comuns nesta época do ano e em áreas abertas, como no caso da Área Alfa da Marinha, também dificultam a previsão e o controle das labaredas, tornando os incêndios florestais mais devastadores.
Capivaras se refrescam
Na tarde de ontem, a reportagem do Correio flagrou dezenas de capivaras atravessando o Lago Pananoá, próximo à Ponte Juscelino Kubitschek. O flagra ocorreu por volta das 16h, quando mais de 25 animais nadavam de uma margem até a outra. Veja o vídeo:
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Apesar da quantidade, não há estatísticas de quantos animais vivem na região. Segundo o coordenador da associação Amigos do Lago Paranoá e técnico em meio ambiente Guilherme Scartezini, moradores do Lago Sul estão acostumados com a presença dos roedores.
;São animais especialistas em raízes. Como nesta época do ano a oferta de alimento diminui em virtude da seca, as capivaras roem as raízes de árvores que estão às margens do lago;, explicou Scartezini. ;Em outros períodos, não é comum ver essa espécie em bando, mas, durante a estiagem, elas se concentram onde existem esses vegetais;, completou.
Previna-se
Irritação nos olhos, falta de ar e cansaço são apenas alguns dos sintomas causados pela queda da umidade. Veja algumas medidas que podem ajudar a aliviar essas sensações:
- Atletas devem diminuir o volume de exercícios por causa da perda de líquidos
- Evite exposição ao sol entre as 10h e as 17h
- Umidifique o ambiente com vaporizadores, toalhas molhadas ou recipientes com água, mas nao exagere
- Beba água em grande quantidade e com frequência. São necessários, no mínimo, seis copos por dia
- Evite banhos prolongados com água quente, assim como o uso excessivo de sabonete, para manter a oleosidade natural da pele
- Os que sofrem com sangramentos nasais nesta época podem aliviar os sintomas umedecendo a mucosa com duas gotas de soro fisiológico
- Evite ambientes com grandes aglomerações ou com ar-condicionado
- Proteja as extremidades do corpo ;orelhas, lábios, pés e mãos ;, principalmente à noite
- As recomendações são ainda mais importantes para quem sofre de asma ou outro distúrbio respiratório
- Na presença de sintomas graves relacionados à seca, procure um posto de saúde ou hospital. Não se automedique.
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