Jornal Correio Braziliense

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DF tem, pelo menos, 40 registros de ataques a caixas eletrônicos

Bandidos foram bem sucedidos em 25 tentativas. Polícia Civil suspeita que explosivos utilizados sejam provenientes de pedreiras do DF e Entorno

Bandidos já atacaram pelo menos 40 caixas eletrônicos no Distrito federal. Ao todo, segundo levantamento da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, foram 27 explosões e 13 arrombamentos com uso de maçarico. Agora, a pasta pretende articular ações com instituições bancárias para coibir os furtos com três ações: revisão do protocolo de atuação em caso de explosões, reforço no policiamento ostensivo em locais e horários de maior vulnerabilidade e concentração das investigações na Delegacia de Roubos e Furtos.

Ainda segundo o levantamento, bandidos falharam em abrir os caixas em 15 das 27 explosões. Na madrugada desta sexta-feira, o alvo foram máquinas no metrô de Samambaia, que fez com que duas esstações da região administrativa fossem fechadas. Segundo a Polícia Militar, ao menos três homens armados renderam os vigilantes, por volta de 4h, para explodir os terminais. Policiais do esquadrão antibomba do Batalhão Operacional de Policias Especiais (Bope) isolaram a área.

Até que a perícia fosse realizada, as estações Samambaia e Samambaia Sul ficaram sem funcionar. Por volta das 7h, a estação Samambaia Sul voltou a operar, mas os passageiros tiveram dificuldade para chegar ao trabalho, enfrentando longas filas e trens lotados. Na estação Águas Claras, ponto em comum aos passageiros que vêm tanto de Samambaia quanto de Ceilândia e Taguatinga, houve tumulto para conseguir um lugar nos trens.

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De acordo com a PM, os assaltantes conseguiram entrar na estação após arrombar um portão lateral que dá acesso aos trilhos. Eles renderam quatro vigilantes que estavam de plantão e tomaram as armas deles. As vítimas foram amarradas e colocadas em uma sala. Em seguida, os bandidos usaram bombas para explodir os caixas e depois fugiram. Ninguém foi preso e não se sabe se o grupo conseguiu levar o dinheiro.

Até por volta das 6h30, o esquadrão antibomba fazia uma vistoria no local, para verificar a existência de bombas. Para que o procedimento fosse realizado, eles solicitaram à Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) que desenergizasse os trilhos entre as estações. Os passageiros que as utilizam foram orientados a seguir para estação Furnas, de onde os trens passaram, temporariamente, em direção à estação Central, na Rodoviária do Plano Piloto.

Segundo informações da Polícia Civil, o caso ainda não foi registrado, mas será investigado pela Delegacia de Repressão a Furtos (DRF). Uma das suspeitas da corporação é que os explosivos utilizados nesses crimes sejam oriundos de pedreiras do DF e Entorno.