postado em 14/09/2015 05:56
Após passar o sábado e o domingo reunido com os auxiliares mais próximos, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) entra em uma das semanas mais importantes dos seus nove meses de administração. O seu staff ainda tem indefinições sobre o pacote de medidas a ser anunciado amanhã. A única certeza do núcleo central do Palácio do Buriti é que somente iniciativas muito duras serão suficientes para sanar a crise financeira e garantir o pagamento em dia dos servidores e fornecedores, até o fim do ano. Como vem antecipando o Correio, estuda-se desde aumento do preço de passagem de ônibus e restaurantes comunitários a demissão de funcionários públicos. Ontem, ganhou força a tese de que a única saída possível é suspender os reajustes salariais ; a maioria passa a valer em setembro e deve ser paga no próximo dia 5 (veja quadro abaixo).Isso pode acontecer porque, na leitura de economistas do GDF, não há corte de cargos comissionados suficiente para o Executivo local escapar de extrapolar o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Só uma ampliação muito significativa da receita ; leia-se aumento de impostos ; permitiria o GDF fechar o ano com os gastos com pessoal dentro do parâmetro permitido pela legislação. Por isso, além de elevar tributos, adiar o pagamento dos aumentos salariais concedidos a 32 categorias é uma das possibilidades mais cogitadas internamente. O GDF calcula que, com isso, economizaria R$ 460 milhões daqui para o fim do ano. Somados a outros reajustes que passaram a vigorar nos meses anteriores, as negociações feitas pela gestão passada elevaram em R$ 855 milhões a previsão de gastos com pessoal de 2015 e em R$ 2 bilhões para 2016.
Caso o socialista não postergue os acréscimos nos vencimentos para evitar uma greve geral do funcionalismo, como vêm ameaçando sindicatos, ele precisa de um incremento de R$ R$ 2,2 bilhões a fim de acabar o ano em dia com empregados e fornecedores do GDF. Fora a preocupação com a falta de dinheiro e os prováveis impactos no cotidiano da cidade, encerrar o ano além do limite da LRF pode levar Rollemberg a ter as contas do primeiro ano de governo rejeitadas no Tribunal de Contas do DF.
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