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MP denuncia seis pessoas por tráfico de mulheres para prostituição

Vítimas eram aliciadas no Maranhão com promessa de emprego formal no DF, mas, quando chegavam, eram obrigadas a se prostituir. Elas sofriam ameaças e eram mantidas em cativeiro, sem comunicação e sob vigilância constante

Renato Alves
postado em 15/09/2015 11:02
Seis pessoas envolvidas no tráfico de mulheres para prostituição no Distrito Federal irão a julgamento. A Promotoria de Justiça Criminal de Taguatinga fez a denúncia formal nesta segunda-feira (14/9). Cinco dos acusados de integrar a organização foram presos durante a Operação Sabaya, em 28 de agosto. O sexto continua foragido.

Polícia apresentou, no mês passado, quatro dos envolvidos no caso de tráfico de mulheres para prostituição
Todos foram denunciados pelos crimes de tráfico interno de pessoas para fim de exploração sexual, favorecimento de prostituição e exploração sexual, favorecimento de prostituição e exploração sexual de adolescente, rufianismo, lesão corporal, cárcere privado, constrangimento ilegal e por integrarem uma organização criminosa armada.

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As vítimas eram aliciadas no Maranhão com promessa de emprego formal no DF, mas, quando chegavam, eram obrigadas a se prostituir. Elas sofriam ameaças e eram mantidas em cativeiro, sem comunicação e sob vigilância constante. Um sétimo integrante da organização criminosa, ainda não identificado, era responsável por seguir as vítimas em uma motocicleta até os motéis para garantir que elas não fugiriam e controlar a quantidade e o tempo dos programas realizados.

[SAIBAMAIS]As mulheres não recebiam nada: a organização criminosa cobrava por moradia, alimentação, produtos de higiene, gastos com a viagem e drogas, que algumas vítimas chegaram a ser obrigadas a usar. O esquema foi descoberto quando três delas conseguiram fugir do cativeiro e procuraram uma delegacia. Elas foram abrigadas em local seguro devido às ameaças que sofriam.

Com informações do Ministério Público do DF

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