Nathália Cardim
postado em 20/09/2015 08:00
Tomar um chope, um drinque, comer uma batata frita ou um frango a passarinho, entrar numa casa de eventos e curtir a banda preferida nunca foi tão oneroso. Em tempos de crise econômica, qualquer gasto além do necessário começa a ser repensado. A diversão, então, toma um novo formato. Há quem abandone as mesas de bar e transforme a sala de casa em um ambiente aconchegante para receber os amigos. Ou aqueles que diminuem a quantidade de saídas na semana. E ainda os que apagam as baladas da programação. Nessa hora, quem sente o peso da crise é o setor de diversão e entretenimento. Para sair da situação, casas tradicionais da cidade apostam em promoções. Mesmo assim, existem empresários tirando dinheiro da poupança a fim de manter as portas abertas. De acordo com levantamento do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes do DF (Sindhobar), as quedas na movimentação variam de 10% a 40% nos últimos seis meses, dependendo da região.
É o caso de uma dos espaços de eventos mais tradicionais de Brasília. Não há um roteiro da cidade que não inclua o Outro Calaf nas opções. Agora, os responsáveis farão festas, inclusive aos domingos, único dia em que não funcionava. Tudo para não afundar. Desde junho, Venceslau Calaf, 60 anos, dono do empreendimento, viu a movimentação diminuir gradativamente, a ponto de o local, sempre cheio, ficar irreconhecível, mesmo com 25 anos no mercado.
;Em junho, caiu cerca de 30%. Em julho e agosto, a crise foi ainda mais acentuada. Se não contássemos com infraestrutura, já tínhamos fechado as portas. Estou gastando mais do que estou lucrando e preciso tirar dinheiro do próprio bolso para custear isso;, conta Calaf, que aposta também na promoção da cerveja, no happy hour, um balde com três garrafas de 600ml sai a R$ 25,5, em vez de R$ 33. No sábado, dia de samba na casa, o atrativo será o bufê de feijoada. Agora, quem chega até as 14h, não paga pelo couvert artístico.
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