Um dia após manifestantes deixarem o St Peter Hotel, representantes dos proprietários do prédio acusaram o Movimento Resistência Popular (MRP) de furtarem objetos do estabelecimento, além de depredarem o local. Porém, membros do grupo afirmam que as acusações são equivocadas. ;Desocupamos o hotel com a escolta da polícia e deixamos claro que podiam vistoriar tanto o prédio quanto nossos pertences durante a saída;, defende Francinaldo Silva, coordenador do movimento.
[SAIBAMAIS]
O líder conta que o hotel já estava em condições precárias antes da ocupação. ;Quando chegamos, o lugar estava abandonado. Tivemos até que tirar alguns moradores de rua que inclusive estavam no subsolo. Parte do teto cedeu sem nem fazermos nada. Se a defesa civil inspecionasse, mostraria que a estrutura já estava comprometida antes de chegarmos;, rebate.
Silva acredita, ainda, que a indicação de furtos e cenário de destruição observados na manhã desta segunda-feira (21/9) tenha sido armada para culpar o MRP. ;De domingo para hoje (segunda-feira), não pisamos lá. Os únicos que tiveram acesso foram os donos do hotel. Eles podem muito bem ter causado tudo isso;, alega.
Os manifestantes estão alojados temporariamente no clube Primavera, em Taguatinga. O espaço está desativado e o terreno pertence ao governo, segundo a Secretaria de Estado e Ordem Pública Social (Seops). Francinaldo disse que as conversas com o governo serão mantidas e em breve as documentações exigidas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) serão enviadas.