Inspirada pelo Dia Mundial Sem Carro, comemorado hoje, a ONG Rodas da Paz organizou uma atividade para testar a eficiência dos meios de transporte no DF. Trata-se do 7; Desafio Intermodal, realizado ontem. Em um trajeto de 14km, 29 convidados usaram diferentes modalidades: bicicleta, corrida, moto, ônibus, táxis e, pela primeira vez, o Uber. A intenção era saber quem gastaria menos tempos, com mais benefícios. A medida visa não apenas conscientizar o brasiliense sobre a possibilidade de se desapegar do automóvel, mas também mostrar os benefícios ecológicos e financeiros de aposentar o volante.
A saída ocorreu às 7h, em um estacionamento no Guará. O destino dos competidores era o Museu da República. O ônibus, apesar da licitação de renovação da frota e do recente aumento na tarifa, vem apresentando piora no quesito tempo ao longo dos anos. Em 2013 o ônibus levou 44 minutos no trajeto entre o Guará e o Museu Nacional. Em 2014, aumentou para 53 minutos e, este ano, o trajeto levou uma hora para ser percorrido, tendo apenas 3 minutos de vantagem sobre quem foi correndo do Guará até o museu. ;Portanto, os ônibus, embora sejam mais baratos e gerem menos poluição que o carro, não têm agilidade;, complementou Jonas Bertucci. O atleta Wendel Soares, 37 anos, atestou a conclusão. Ele usa cadeira de rodas e por isso escolheu esse meio de transporte. ;Mas não deu muito certo. Demora demais. O metrô é mais eficiente;, reclamou um dos organizadores Jonas Bertucci.
Levou pouco mais de 15 minutos até que o demonstrador mais ágil, o policial militar Jeisson Roberto de Araújo, 39 anos, chegasse ao local combinado. ;Vim de moto. É o jeito mais rápido de andar na cidade. Tenho carro e bicicleta, mas, sem dúvida, foi a escolha da motocicleta que me garantiu essa agilidade;, informou. Ainda assim, Jeisson reconhece a insegurança do transporte. ;O grande problema, fora a poluição, é o perigo enfrentado nas vias. Passamos entre os carros para conseguir espaço;, completou.
A professora Ulisseia Ireuda, 47 anos, escolheu a bicicleta. ;Tenho o hábito de ir trabalhar de bicicleta, mas a distância é pequena. Hoje, foi um desafio, mas não achei exaustivo. O problema é a falta de um local próprio para as bikes;, contou.
Valores
O estudante Mateus Matos pagou R$ 45 em uma corrida no Uber. ;Achei muito caro. O motorista se confundiu e acabamos nos perdendo. Fora isso, o serviço é ótimo e pode ser usado como fiz hoje: eventualmente;, disse. Para o professor de ioga Raphael Barros, o problema do táxi também é o preço. ;Não dá para usar todo dia;, comentou. Os carros levaram entre 20 e 30 minutos para completar o caminho. O tempo é semelhante ao levado por ciclistas. ;Novamente, vimos boas opções de locomoção fora do automóvel;, disse Jonas Bertucci.
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