A Unidade de Pronto Atendimento de Sobradinho amanheceu de portas fechadas nesta manhã de sábado (26/9). Os pacientes que precisaram de atendimento tiveram que se deslocar para outra unidade de saúde. As informações são do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindiMédico-DF). Via nota, a Secretaria de Saúde confirmou o fechamento da unidade devido à dificuldade de preencher a escala. A pasta afirmou que a unidade ficará fechada até a chegada de novos concursados.
A Secretaria recomendou que, durante esse período, os pacientes procurem o Hospital de Sobradinho. "A Secretaria de Saúde reconhece as dificuldades enfrentadas com o fim de contratos temporários de profissionais da UPA e informa que estão sendo buscadas alternativas para resolver a questão", afirma a nota.
Atualmente, nove médicos fazem o atendimento na UPA de Sobradinho, sendo que duas servidoras estão gestantes e, de acordo com a legislação, têm o direito de optarem por não permanecerem na assistência direta ao paciente.
O Sindimédico-DF se posicionou a favor do fechamento da unidade, uma vez que apenas um profissional estava trabalhando. "Os gestores estão permitindo que chegue a essa situação. A secretaria tem que canalizar o atendimento em outro local, porque só tem um médico atendendo na unidade. A população também nao pode ficar desinformada. Ela tem que saber o que está ocorrendo até para entender a situação de trabalho do profissional", afirmou Gutemberg Fialho, presidente do Sindimédico.
Carolaine Tavares, 18 anos, compareceu a UPA neste sábado. Com o pé machucado, a estudante ficou sem atendimento. ;Não tem um ano que esse estabelecimento foi aberto e vivemos com problemas. Não é primeira vez que venho aqui e não consigo nem passar pela portaria. Considero isso um desperdício de dinheiro público;, reclamou.
No fim de semana passado, devido à falta de médicos, o diretor do Hospital Regional de Sobradinho, Manoel Luiz Neto, precisou atender pacientes na UPA durante o dia em uma jornada de mais de 20 horas. Segundo a Secretaria de Saúde, uma recomendação do Conselho Regional de Medicina (CRM) determina que, na falta de profissionais para atendimento, diretores técnicos devem prestar os serviços nas unidades de saúde.
Em setembro, após reunião entre dirigente da Secretaria de Saúde, o GDF decidiu manter a unidade de pronto atendimento (UPA) de Sobradinho de portas abertas apesar da falta de profissionais. Na ocasião, o Executivo local reconheceu problemas em fechar escalas de profissionais para a unidade, mas afirmou o compromisso de manter médicos para atenderem à população.