Luiz Calcagno
postado em 02/10/2015 08:48
Um homem morreu após ingerir uma dose de cachaça supostamente envenenada. O incidente aconteceu na noite desta quarta-feira (30/9), em Santo Antônio do Descoberto, Entorno do Distrito federal. A vítima, o corretor de imóveis Erick Henrique Alves Garcia, 25 anos, jantava com amigos m um restaurante do município e disse ao proprietário que a cachaça que estava tomando era ;muito fraca;. O comerciante serviu uma dose da bebida de uma garrafa particular e, poucos minutos depois, Erick começou a passar mal.De acordo com o delegado-chefe da Delegacia de Santo Antônio do Descoberto, Felipe Socha, o comerciante ganhou a bebida, que estava em uma garrafa pet pequena, de uma ex-funcionária que se mudou para o Ceará há cerca de oito meses. ;Erick mora em Goiânia e estava na cidade a trabalho há dois dias. Ele e os colegas almoçavam e jantavam no restaurante todos os dias. Quando a vítima bebeu do copo, achou ruim e passou para um amigo provar. O amigo não gostou e cuspiu o líquido, mas o corretor já tinha ingerido e começou a se sentir mal;, relatou.
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Os amigos de Erick tentaram fazê-lo vomitar, mas não conseguiram. O corretor deu entrada no hospital do município com parada cardíaca. Os médicos ainda conseguiram reanimá-lo três vezes, mas ele não resistiu. A polícia aguarda, agora, o laudo cadavérico e a perícia da cachaça. ;Ouvimos os envolvidos e enviamos uma carta precatória para o Ceará, para ouvirmos também a ex-funcionária que presenteou o comerciante. Temos que saber se o líquido estava envenenado, se isso aconteceu porque, de alguma forma a bebida estragou ou se ela veio de um alambique sem procedência já como estava;, explicou Socha.
Ainda segundo Socha, a polícia trabalha com um inquérito de ;morte a esclarecer;. Se ficar comprovado que a mulher tentou matar o ex-patrão mas, acidentalmente, envenenou o corretor, ela responderá por homicídio doloso. ;;A princípio, o comerciante não estava vendendo a bebida. Foi uma cortesia. Temos que descobrir a intenção dele, para estabelecer se foi um homicídio culposo, uma fatalidade, ou uma conduta dolosa. Se a ex-funcionária envenenou a bebida, então ela quem responderá. Ainda assim, o proprietário do estabelecimento pode responder por negligência por servir o produto sem saber a procedência ou a qualidade;, ponderou o delegado.