Cidades

Eleita pela quarta vez, diretoria do DCE mantém distância de partidos

A última eleição, que terminou em 24 de setembro, levou às urnas 5.885 eleitores e, entre os votos válidos, a coligação reeleita ficou com 59,6% deles

postado em 04/10/2015 08:15
Gabriel Bertone, Sophia Ludovice e Victor Aguiar formam a tríade de alunos à frente do diretório estudantil

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Brasília (UnB) estava cheio na noite de quarta-feira, ainda em festa com a vitória, pela quarta vez consecutiva, da chapa Aliança pela Liberdade. A última eleição, que terminou em 24 de setembro, levou às urnas 5.885 eleitores e, entre os votos válidos, a coligação reeleita ficou com 59,6% deles. ;Na primeira vez que fomos eleitos, tivemos 20% dos votos. Na segunda, 40%. Na terceira, 54%. E, agora, quase 60%. Isso significa que o estudante tem entendido o que defendemos para a universidade;, acredita o acadêmico de direito Victor Aguiar, 20 anos, uma parte da tríade que coordena a gestão até o ano que vem.

Com ele, estão o aluno de engenharia elétrica Gabriel Bertone, 20, e Sophia Ludovice, 19, que estuda engenharia química. Os três agora fazem parte de uma herança representada pela imagem de Honestino Guimarães, o icônico líder estudantil que dá nome ao DCE e morreu devido à luta contra a ditadura militar. Os alunos da UnB, em 2015, porém, não têm mais um inimigo comum e vivem um momento no qual a representatividade dos movimentos de esquerda é contestada. A dificuldade em conseguir equilibrar um discurso que conquiste o corpo discente é uma das causas que justificam a manutenção da Aliança pela Liberdade, uma chapa de cunho pragmático e liberal, à frente do DCE.

;Nós interpretamos que a recondução deles é a prova de que a esquerda precisa retificar seu trabalho em setores da universidade que ainda não alcançamos. A eleição foi limpa e justa, mas parte da esquerda abandonou a discussão de temas referentes à universidade;, acredita João Marcelo Marques Cunha, 19, estudante de sociologia e membro da chapa É possível outro DCE, que ficou em segundo lugar. O desencontro dos movimentos esquerdistas dentro da UnB não é a única razão para entender a vitória da Aliança pela Liberdade. ;Mudamos a cara do movimento estudantil. Agora, ele busca pautas viáveis e pragmatismo para que as coisas realmente aconteçam, para que o estudante possa ver mudança;, defende Sophia.

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