Cidades

Descumprindo negociação com GDF, acampamento resiste na Praça do Buriti

Dos 11 grupos que estavam acampados na área, apenas o MST continua no local

postado em 05/10/2015 10:45
Após três semanas de invasão, integrantes de movimentos sociais que ocupavam a Praça do Buriti levantaram acampamento. Dos 11 grupos que compunham o Fórum Distrital de Reforma Agrária, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) foi o único que não recuou. Eles permanecem no vilarejo erguido às margens do Eixo Monumental, mesmo depois de prometer ao GDF que desocupariam a área, no máximo, até a manhã desta segunda-feira (5/10).

Parte dos manifestantes deixaram a Praça do Buriti
Na sexta-feira (2/10), aproximadamente 500 pessoas ocupavam o local ; distante apenas 150m do gabinete do governador Rodrigo Rollemberg. Dessas, pouco mais de um terço permaneceu nas barracas. ;Tivemos uma reunião com o secretário (de Relações Institucionais) Marcos Dantas. Ele ;passou um mel na nossa boca;, mas não resolveu nada;, criticou um dos coordenadores do MST Bruno Leandro.

Permanecem no local integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST)
A conversa ocorreu durante a noite, após manifestação. O secretário recebeu representantes do Fórum e prometeu avaliar os pedidos deles, se comprometendo a visitar, junto com o governador, a área que poderia ser destinada ao assentamento das famílias. Essa inspeção ficou agendada para o fim de outubro, sob a condição de que os integrantes dos movimentos sociais saíssem da praça. ;Os outros grupos desertaram. A partir de hoje, essa ocupação aqui é apenas do MST;, informou Bruno.

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Cerca de 150 pessoas amanheceram no Buriti, e, durante a tarde, outros núcleos devem tomar conta do espaço deixado pelos dissidentes. Quando o acampamento começou, 1,3 mil pessoas mudaram-se para o centro de Brasília. No local, construíram uma espécie de vilarejo com lojas e bares, além de uma farmácia e uma brinquedoteca. Havia, inclusive, chuveiro com água quente.

Atualmente, 150 pessoas estão acampadas no local
Após a mudança, parte da estrutura ficou capenga. Fios puxados dos postes de luz para fazer gambiarras ficaram desencapados e muito lixo foi deixado para trás.

A reportagem do Correio entrou em contato com a Secretaria Relações Institucionais para saber como estão as negociações com os integrantes dos movimentos sociais, mas, até as 10h30 desta segunda, não havia recebido resposta.

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