Nathália Cardim
postado em 07/10/2015 21:14
Familiares e amigos do praticante de jiu-jitsu Napoleão José Alves Mourão Júnior, 32 anos, fizeram um protesto contra a morte do rapaz na noite desta quarta-feira (7/10), em frente a academia Jurandir Team Fight, onde ele treinava. O esportista morreu depois de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), 10 dias após receber um golpe durante uma aula de artes marciais na academia em Ceilândia.Cerca de 50 pessoas estenderam faixas no local com frases como: ;Treine com responsabilidade; e ;Não lute para matar;. Eles também usavam camisas com a mensagem: ;Saudade eterna. Juntos pela Justiça;. Para a família houve negligência da rede pública de saúde e do estabelecimento. Júnior morreu após tentar atendimento em duas unidades de saúde públicas, de Taguatinga e de Ceilândia, até que conseguisse ser internado no Hospital de Base do Distrito Federal apenas quatro dias antes de ser confirmada a morte cerebral.
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De acordo com a prima de Júnior, Karina Ferreira, 26 anos, o objetivo do ato é alertar a população e o poder público para que novas vítimas não sejam feitas. ;Queremos conscientização dos profissionais de educação física e que as entidades responsáveis fiscalizem as academias. Que não haja estabelecimentos despreparados e descompromissados com o real sentido que as artes marciais tem a oferecer. Não queremos que outras famílias passem a dor que estamos passando;, lamenta Karina.
A Família divulgou que outros atos de protesto serão realizados até que o inquérito policial seja concluído. A reportagem esteve na academia, mas não conseguiu contato com o responsável.