Jornal Correio Braziliense

Cidades

Política agrária: burocracia trava desenvolvimento de pequenos agricultores

Maioria dos assentamentos no DF e no Entorno está em fase de implantação, apesar de alguns existirem há mais de 10 anos

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Deixar os assentamentos de reforma agrária autônomos e menos dependentes do governo tornou-se um dos principais desafios para os gestores das políticas públicas rurais. Dos 206 existentes na região do Distrito Federal e do Entorno, apenas dois deles são considerados emancipados, isto é, sem relação com as políticas públicas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Um deles é o de Bálsamo, em Unaí (MG), e o outro, Três Barras, em Cristalina (GO), ambos com mais de 25 anos de criação. Não há nenhum nesse estágio de autonomia no Distrito Federal.



Oziel Alves, localizado em Planaltina (DF), é um que não possui a infraestrutura necessária. A rede de alta-tensão passa pelo assentamento, mas ainda não há a distribuição para todas as chácaras. A água também é de cisterna, mas, com a chegada de um novo acampamento próximo à BR -020, novos poços foram furados e diminuiu a vazão para o Oziel. A maioria das casas são de madeirite ou de restos de demolição. O domicílio da produtora rural Divina Pereira Silva, 34 anos, é um desses. Ela vive em uma área de 7 hectares no Oziel há 14 anos, desde a ocupação da fazenda pelo Movimento dos Sem-Terra (MST). Ela entrou no grupo após ser assaltada três vezes e perder todos os bens que tinha. Com seis filhos para criar, Divina se preocupa só com o hoje. Os planos futuros limitam-se aos plantios para a próxima safra. A única garantia mensal é a Bolsa Família.

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