Cidades

Manifestação contra greve dos agentes penitenciários fecha Eixo Monumental

Um grupo com cerca de 50 mulheres ocupou algumas faixas da via N1, em frente ao Palácio do Buriti

postado em 13/10/2015 15:45

Cerca de 50 mulheres fecharam, neste momento, parte da via N1 do Eixo Monumental, em frente ao Palácio do Buriti, para protestar contra a greve dos agentes de atividades penitenciárias do Distrito Federal. Com a paralisação da categoria, elas não conseguem mais visitar os parentes e maridos na Papuda, que também ficam impedidos de ter acesso de advogados, oficiais de justiça e escoltas judicias.


Para a presidente da Associação de Familiares e Amigos dos Apenados do Distrito Federal (Assfaa-DF), Nina Barros, a situação prejudica muito os familiares dos presos. ;Estamos preocupados com a forma com que os nossos parentes estão sendo tratados dentro do presídio, durante a greve. Sabemos que a luta dos agentes é justa, mas, nós familiares, não podemos ser penalizados;, diz. ;Queremos pedir para que as autoridades políticas olhem com carinho para aquelas pessoas que pagam pelos erros cometidos. Que as famílias não sejam maltratadas sem o direito de visita;, completa.

Agentes de atividades penitenciárias do Distrito Federal fizeram assembleia na manhã desta terça-feira (13/10) e decidiram começar uma nova greve. Durante o movimento os servidores mantêm a segurança das unidades, a distribuição de alimentos e o banho de sol.

Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do Distrito Federal (Sindpen), Leandro Allan Vieira, a categoria exige o cumprimento da lei que concedeu o aumento salarial aos servidores do GDF e a criação de mais 2 mil vagas ao cargo de agente de atividades penitenciárias. ;Existem, hoje, aproximadamente 15 mil presos em todo sistema do DF e existe um estudo que em até 2020 haverá 24 mil detentos. Somos 1,2 mil agentes;, lamentou.

Allan alegou que após ser notificado da decisão judicial que definiu a greve como ilegal, a entidade suspendeu o movimento ainda na sexta-feira (9/12), mas durante a reunião da manhã desta terça-feira (13/10) decidiram iniciar uma nova paralisação.

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