Caroline Pompeu - Especial para o Correio
postado em 18/10/2015 08:00
Cidade ciclável. Você conhece esse termo? Muitos países desenvolvidos já adotam o modelo há anos. Nesses locais, ciclistas, carros e pedestres dividem o espaço urbano em harmonia. Desde março, a Secretaria de Estado de Gestão do Território e Habitação (Segeth) desenvolve um projeto que busca colocar Brasília nessa lista de cidades que garantem a mobilidade aos habitantes. A proposta é disponibilizar bicicletas compartilhadas em estações de metrô, construir ciclofaixas e melhorar a estrutura de ruas e calçadas. Águas Claras será a primeira região atendida e a intenção é expandir o projeto a outras cinco.
;Não existem ciclovias, nem malhas cicloviárias em todos os locais (do DF). Nós queremos uma cidade ciclável. Então, criamos um conjunto de medidas para tornar a bicicleta um meio de transporte aceito na cidade;, explica a diretora de Mobilidade da secretaria, Anamaria de Aragão. O projeto teve início a partir de uma avaliação da secretaria sobre o funcionamento do transporte de massa na cidade e a equipe escolheu o metrô para começar o trabalho. Durante a análise, foi feito um cálculo de quantos minutos de caminhada as pessoas gastavam até os polos geradores de viagens no entorno das estações ;universidades, shoppings, escolas, entre outros em que o trajeto leva de 5 a 15 minutos.
A partir dessa análise, a Segeth, em parceria com o Metrô-DF, pretende desenvolver um programa de bicicletas compartilhadas. O objetivo é que as bikes ; que serão colocadas nos metrôs e nos polos geradores de viagem ; complementem o deslocamento dos usuários, cobrando a mesma tarifa. Em Águas Claras, onde será implantada a primeira fase do projeto, moram 160 mil habitantes. De acordo com o Metrô-DF, está sendo elaborado um plano para instalação de paraciclos e bicicletas compartilhadas em uma rede cicloviária partindo das estações do metrô nas cidades de Águas Claras, Samambaia, Ceilândia e Guará ; que já possuem redes cicloviárias instaladas. No entanto, ainda não há data nem previsão dos custos para a concretização do projeto.
Mesmo assim, muitos moradores já estão empolgados com a ideia. O estudante Leonardo Gomes, 19 anos, só anda de bicicleta pela cidade, mas, quando vai estudar ou trabalhar, o jeito é pegar o metrô, e não dá para levar a bike. ;Com certeza eu utilizaria esse serviço. Ele facilitaria a vida de muita gente. É bem mais rápido do que ir andando. Seria muito bom;, avalia o estudante.
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