Jornal Correio Braziliense

Cidades

Brasilienses sofrem com calor e parques fechados com greve de servidores

Termômetros da capital registram maior temperatura da história: 35,9ºC. No entanto, quem procurou os parques da cidade para se refrescar encontrou muitos deles fechados



[SAIBAMAIS]Sempre que pode, a servidora Neyla Munay, 32 anos, leva o filho Renato, 4, para aproveitar os dias de sol no Parque de Águas Claras. Normalmente, a mãe dela, a aposentada Marly Munay, 62, os acompanha no passeio. ;Soube que estava fechado durante a semana, mas, ainda assim, resolvi arriscar vir hoje (ontem). Ficaria frustrada se estivesse fechado;, disse. O problema seria ter que ir até o Plano Piloto ficar presa, segundo ela, nos shoppings. ;Isso não é coisa para se fazer com criança. Aqui, ele vê outros meninos, fica brincando; É ótimo;, contou. A avó de Renato, Marly, concorda com a filha. ;Meu genro, Kelson, joga bola aqui e sempre organizamos piqueniques. É uma opção de lazer muito saudável, barata e divertida;, acrescentou.

Transtorno
Entre 10 e 13 de outubro, todos os parques de Brasília que dependiam de manutenção foram fechados, segundo o Ibram. No período, somente o Parque da Cidade, cuja administração é independente, permaneceu aberto. Entre eles, o Bosque do Sudoeste. Desde a última terça-feira, usuários que se sentiram prejudicados se uniram para recolher assinaturas com o intuito de denunciar ao Ministério Público. Até agora, cerca de 500 pessoas subscreveram o abaixo-assinado criado por instrutores de ioga e de ginástica que dão aula no parque.

A professora de zumba Mônica Chaves, 49 anos, está entre os 14 coordenadores. De acordo com ela, não é justo impedir a entrada no local. ;Essas áreas são destinadas às atividades que realizamos aqui. Entrar em greve é válido mas, o que não pode é haver impedimento do direito e ir e vir;, disse. Atualmente, ela tem ministrado aulas no estacionamento do parque, expondo-se à insegurança do trânsito. ;Não há proteção alguma, ficamos em uma situação muito delicada;, reclamou. Sabendo da alegação do Ibram, Mônica disse que, ;se o problema for a falta de funcionários de limpeza, ajudaremos. É essencial liberar o Bosque à comunidade;.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.