O calor e a baixa umidade dos últimos dias têm castigado os brasilienses. Ontem, mais uma vez, foi quebrado o recorde histórico de temperatura na capital federal. Os termômetros do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registraram 36,4;C. A marca mais alta era do último sábado, de 35,9;C. E não há previsão de trégua para os próximos dias. A previsão para quinta-feira é de que a temperatura máxima atinja novamente a casa dos 36;C. Em razão dessas condições climáticas, o instituto emitiu cinco alertas de seca e dois de ondas de calor, válidos até quinta-feira. A umidade relativa do ar deve chegar a 10% e a situação é considerada de perigo em todo o estado de Goiás e no Distrito Federal.
[SAIBAMAIS]A razão mais provável das altas temperaturas é o efeito do fenômeno El Niño, que está mais intenso do que o normal neste ano. De acordo com a meteorologista Maria das Dores Azevedo, as ondas de calor ; períodos prolongados de temperaturas mais altas ; são normais nesta época do ano no Brasil (veja o quadro). ;Elas ocorrem durante a transição entre o inverno e a primavera e alcançam seus picos no verão, entre os meses de dezembro e janeiro;, afirma. Porém, como nesse período chove no DF, o tempo prolongado de altas temperaturas é sentido mais fortemente por aqui entre julho e outubro. ;As chuvas costumam chegar em outubro, mas estão demorando mais este ano. Por isso, as temperaturas têm batido recordes;, explica.
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As ondas de calor são fenômenos que ocorrem de forma diferente em cada região. No caso do DF, devido à falta de chuva, todos os anos se forma uma massa de ar quente e seco que impede a entrada das frentes frias, o que causa o aumento nas temperaturas. ;Isso também acontece porque estamos muito longe do litoral. A zona central do Brasil sofre mais com isso;, detalha Maria das Dores.
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