Caroline Pompeu - Especial para o Correio
postado em 21/10/2015 06:42
O médico Cássio Nascimento Marques, 37 anos, viveu uma experiência traumatizante na última segunda-feira. Às 7h, quando saía de casa para o trabalho, deparou-se com dois cães da raça rottweiler, à espreita, escondidos atrás de um carro, dentro da garagem do prédio onde mora, no Guará 2. Assim que ele abriu a porta traseira e colocou a mochila no banco, os cachorros latiram e o atacaram. Foram cinco minutos de terror. ;Na hora, a gente não pensa em nada. A sensação, quando eu vi os bichos, parecia a de um pesadelo, parecia que eu estava sonhando;, disse ontem ao Correio.Várias pessoas que estavam em uma padaria, em frente ao condomínio, observaram a cena através das grades do portão da garagem. Apavoradas, tentaram ajudar: tacaram pedras, gritaram e bateram com força no portão. Os animais se assustaram, o médico se desvencilhou deles e subiu a escada da garagem até o andar superior. Nesse momento, o portão da garagem foi aberto, e os cães fugiram. Ainda tentaram atacar as 13 pessoas que estavam do lado de fora até serem capturados pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA).
[SAIBAMAIS]O delegado da 4; Delegacia de Polícia (Guará), Carlos Diniz, ainda não identificou os donos dos cães. ;O responsável por esses cachorros pode responder por duas infrações penais, se ficar comprovado que ele tem culpa: omissão de cautela na guarda de animais, além de lesão corporal culposa. Uma é considerada contravenção penal, mas a outra é crime;, informou o delegado.
Cássio recebeu atendimento no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde foi medicado e precisou de curativo para os ferimentos nos braços, nas pernas, na cabeça e nas costas. No mesmo dia, recebeu alta. Ontem, perdeu a noite de sono. Confira abaixo os principais trechos da entrevista com Cássio Marques:
Susto
;Eu desci o elevador para pegar o carro na segunda garagem subterrânea. A minha vaga fica próxima à parede. Eu acionei o controle para abrir a porta do carro, abri a porta traseira esquerda para colocar minha mochila. E, aí, atrás de um carro preto, eles apareceram, latindo. Na hora, a gente não pensa em nada. A sensação, quando eu vi os bichos, parecia a de um pesadelo, parecia que eu estava sonhando. Eu nunca ia imaginar encontrar dois monstros daqueles na garagem do edifício.;
Ataque
;Eu fiquei parado, tentando enxotá-los, mas, de repente, um pegou o meu braço e o outro, a minha perna. Não deu tempo de entrar no carro. Aí, eu corri, caí uma vez, e eles me morderam em vários locais: costas, braços, pernas, cabeça... Aí, me levantei, corri de novo, caí pela segunda vez, e eles me morderam várias vezes de novo. Eu lembro que um deles mordeu o meu braço até cansar, ele mordeu, mordeu e mordeu.;
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