Flávia Maia
postado em 28/10/2015 06:39
O efeito em cadeia do aumento de preços nas taxas de serviço público e nos produtos em geral chegou aos condomínios dos prédios do Distrito Federal. Segundo estimativas do Sindicato dos Condomínios (Sindicondomínio-DF), a média de incremento nos boletos dos moradores foi de 12,33% em 2015. Somente em setembro, a inflação dos condomínios no DF foi de 1,21%, mais alta que a média nacional (0,45%) ; índice puxado principalmente pela conta de energia elétrica e de água. Gastos com os funcionários e vale-transporte também entraram na planilha de custos, assim como a alta da inadimplência, que, segundo o Sindicondomínio-DF, está em 30%.Para especialistas, a gestão eficiente torna-se mais necessária em tempos de crise. Uma boa administração pode diminuir os custos e corrigir distorções. ;Muitos condôminos questionam a diferença de preço de condomínio de prédios com a mesma quantidade de apartamentos e de estrutura parecida. A diferença pode estar na gestão;, defende José Nazareno Farias Martins, diretor de Comunicação Social do Sindicondomínio-DF. Em algumas quadras do Plano Piloto, a diferença de preço de um edifício para o outro com estrutura similar pode ser de até 200%.
O diretor de Relações Institucionais do Sindicondomínio-DF, Antônio Carlos Paiva, defende ações pontuais. No intuito de economizar a fatura de energia, os síndicos podem substituir as lâmpadas fluorescentes ou incandescentes por modelos de LED. Se a água for de uso coletivo, é possível promover uma ação de conscientização do uso ou, então, trocar equipamentos com muita vazão de água por tipos mais econômicos. Em relação aos funcionários, a saída pode ser a dispensa. Paiva pondera, no entanto, que, nesse caso, a tendência é haver queda na qualidade do serviço. O educador financeiro Álvaro Modernell defende uma mudança na postura dos moradores para manter as contas do condomínio mais equilibradas. ;Em tempos em que tudo sobe, é natural que o condomínio também aumente; por isso, a importância de uma postura coletiva;, comenta.
Leonardo Decina, 63 anos, é síndico de um prédio na Asa Sul. No seu edifício, o preço do condomínio subiu de R$ 850 para R$ 890 de taxa ordinária. Ele conta que, para onerar pouco a tarifa, teve que otimizar gastos e custos. Uma das alternativas foi contratar uma empresa para elaborar um laudo técnico sobre o que é mais urgente na recuperação de infraestrutura do prédio. Ana Cunha, 59, é representante do conselho fiscal do prédio. Ela explica que campanhas de conscientização de uso da água também foram importantes. Ela afirma ainda que é feito um controle diário de gasto da água para ver se não tem algum vazamento. Ana lembra ainda que a inadimplência do prédio é baixa, o que permite maior planejamento.
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