Cidades

Caso Grasiella chega ao júri do Riacho Fundo; marido é acusado de homicídio

O julgamento será no próximo dia 5, quando o ex-marido da vítima, Arismar Brito Rodrigues, será submetido ao Tribunal do Júri do Riacho Fundo. O réu confessou o assassinato cometido em fevereiro de 2012. Segundo a família, a mulher pretendia se separar

postado em 31/10/2015 08:00

O julgamento será no próximo dia 5, quando o ex-marido da vítima, Arismar Brito Rodrigues, será submetido ao Tribunal do Júri do Riacho Fundo. O réu confessou o assassinato cometido em fevereiro de 2012. Segundo a família, a mulher pretendia se separar

Será julgado no próximo dia 5, às 9h, no Tribunal do Júri do Riacho Fundo, Arismar Brito Rodrigues, 35 anos, assassino confesso da mulher, Ana Grasiella Oliveira Montes. A vítima tinha 19 anos. O crime foi cometido em 2012, na casa do casal. Em depoimento, Arismar disse que, por ciúmes, estrangulou e asfixiou a ex-companheira até a morte. Ele será julgado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e pelo contexto de violência doméstica.

No entanto, até agora, a tentativa da defesa do réu é de derrubar uma das qualificadoras, o motivo torpe. O júri, inclusive, foi adiado pelo menos duas vezes, pois os defensores insistiram em ter mais tempo para provar que a vítima teria traído Arismar. ;Esta é a maior discussão, a de que não teria sido por motivo torpe e, que, aparentemente, ele teria motivo para ter perdido a cabeça e matado Grasiella. A defesa quer que deixe de ser duplamente qualificado, pois isso diminuiria a pena;, afirma um dos advogados de acusação, Isaías Leonardo Guimarães de Souza.

O crime aconteceu na noite de 4 de fevereiro de 2012. À tarde, Arismar resolveu ir até o trabalho de Grasiella, um supermercado, em Águas Claras, para vigiá-la. Segundo o depoimento do acusado, no fim do expediente, às 16h, ela ligou avisando que atrasaria. Às 18h30, enviou uma mensagem na qual comunicava outro atraso. O acusado, então, continuou na saída do estabelecimento e, às 20h, soube que a mulher havia saído às 15h30. Ana Graziela ligou por volta das 21h dizendo que estava na frente de casa.

Na residência, Arismar tampou a boca de Grasiella com um pano e a estrangulou. Depois, passou na casa da sogra e disse que ele e a vítima viajariam no fim de semana. Arismar ligou dois dias depois para a família e avisou que Grasiella estava morta dentro de casa. O corpo foi encontrado na cozinha. ;Vamos trabalhar para que as duas qualificadoras passem, e a pena seja a maior possível. Ele não confessa que ela (Grasiella) queria separar, mas, diante da postura dele, desde o início, não há dúvida de que foi planejado. Ele vinha acompanhando os passos dela há alguns dias, pensou como agiria e, no processo, muitos elementos dão a entender isso;, argumenta o advogado da família de Grasiella.

A reportagem tentou contato com a defesa de Arismar, que será feita pela Defensoria Pública, mas não obteve retorno.

Terapia
A professora Daniela Oliveira da Silva, 35, irmã de Grasiella, acredita que a relação do casal não era saudável. ;Há muito tempo, ela queria se separar. Dizia que não dava mais conta. Eu desconfiava de que ele a agredia, mas ela não teve tempo de contar. Ele disse que houve traição, mas, independentemente disso, ele não tinha o direito de matar a minha irmã. Espero que ele fique preso bastante tempo;, lamenta. Se condenado, Arismar poderá pegar até 30 anos de prisão.

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