Cidades

Greves e falta de diálogo entre governo e servidores

Dois dias após confrontos com a polícia, professores decidem manter a paralisação. Metroviários e funcionários da CEB devem cruzar os braços na próxima semana

postado em 31/10/2015 08:13

Dois dias após confrontos com a polícia, professores decidem manter a paralisação. Metroviários e funcionários da CEB devem cruzar os braços na próxima semana

Mais problemas à vista para a população. Servidores de empresas como o Metrô e a CEB devem entrar em greve na semana que vem. Enquanto isso, os professores decidiram ontem, dois dias após o confronto com policiais militares no Eixão Sul, pela continuidade da paralisação por tempo indeterminado. E, apesar da volta ao trabalho de 150 categorias da Saúde, médicos e técnicos em enfermagem seguem de braços cruzados. Para representantes do governo, não há como pagar os reajustes salariais antes do ano que vem. ;Queremos pagar. Não se trata de falta de vontade política, mas incapacidade financeira. Trabalho com fatos, e o fato é que conseguiremos quitar as dívidas apenas em 2016;, afirmou o secretário da Casa Civil, Sérgio Sampaio.


Na manhã de ontem, a Praça do Buriti, mais uma vez, se tornou palco de manifestantes. Cerca de 3 mil professores e alunos de escolas públicas, segundo a Polícia Militar, ou pelo menos 5 mil, para a liderança do movimento, estiveram reunidos para a assembleia. Nos discursos, o tom era de insatisfação. O embate entre professores e policiais, ocorrido na quarta-feira e que resultou na detenção de cinco participantes da obstrução da via, voltou a ser o motivo da revolta. ;O responsável por essa violência é o governador. Mas, com isso, percebemos a solidariedade da população;, afirmou Washington Dourado, diretor do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF).

Movimentos estudantis marcaram presença. Um grupo entregou rosas para professores e demais participantes da assembleia ; algumas flores chegaram a alguns policiais que faziam a segurança na praça. Além da violência, a acusação da falta de diálogo por parte do governo teve destaque nos discursos. ;Nenhuma proposta concreta chegou até o momento. Quanto à ilegalidade da greve, quem decide o fim da paralisação é o movimento. E só voltaremos às atividades quando tivermos negociação;, reforçou Dourado. Com a insatisfação geral, os professores decidiram em votação por manterem a greve por tempo indeterminado e intensificação de manifestações. Uma nova assembleia geral da classe foi marcada para quarta-feira.

Sobre o confronto, o secretário Sérgio Sampaio afirmou que os atos serão investigados. ;Analisaremos as imagens dos professores, mas também de outros cidadãos e da própria polícia para verificar se houve uso de força excessiva;, esclareceu o secretário, que rebateu a afirmação de que o governo não tem diálogo com os grevistas. ;Nós convidamos todos os sindicatos que tragam equipes técnicas para abrirmos as contas e mostrarmos que não há condições de atender as demandas de reajustes agora. Mas outras ações que não envolvam aporte financeiro serão debatidas.;

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