Alessandra Oliveira - Especial para o Correio, Isa Stacciarini
postado em 03/11/2015 07:14
A greve dos metroviários prejudicou os usuários do transporte público do Distrito Federal, na manhã desta terça-feira (3/11). Com apenas 12 das 24 estações abertas para embarque e desembarque, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) colocou 15 trens para operar, saindo de Ceilândia e de Samambaia, o que causou excesso de passageiros em algumas viagens. O tempo de espera entre a estação Central, na Rodoviária do Plano Piloto, até a estação Águas Claras era de cerca de seis minutos. Já de Águas Claras até o fim de Samambaia e Ceilândia os passageiros chegaram a esperar 10 minutos.
A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) adotou regime especial por causa da paralisação dos servidores. Equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros ficaram de prontidão nas estações. O objetivo, segundo o Metrô-DF, é garantir a segurança dos usuários. No começo da manhã, algumas estações tinham filas nas bilheterias. Em outras, no entanto, houve pouca circulação de passageiros, já que a greve havia sido anunciada desde a semana passada.
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A secretária executiva Sirlene Spíndola, 37 anos, trabalha no Setor de Autarquias Sul e no início da manhã desta terça-feira (3/11) foi surpreendida pela greve. Ela utiliza o metrô todos os dias e não sabia da paralisação dos metroviários. "Ontem (2/11) era feriado e não vi nada. Nem sabia dessa greve. Agora não sei para onde vou. A alternativa vai ser pedir para o meu marido me buscar e deixar na estação de Ceilândia Centro", lamentou.
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[SAIBAMAIS]Catracas abertas
Algumas bilheterias não tinham funcionários trabalhando na abertura das estações. Entre 6h e 6h30 as estações Praça do Relógio, em Taguatinga, e Furnas, em Samambaia, funcionaram com as catracas abertas. A situação da estação no centro de Taguatinga foi normalizada poucos minutos depois. Já em Furnas, o problema permaneceu até por volta das 7h40. O Metrô-DF informou que deslocou um servidor para a estação Furnas, mas, de acordo com a empresa, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do DF (SindMetrô-DF) retirou o funcionário do local. O diretor de relação sindical Ronaldo Amorim, negou a informação.
Falha em freio
Um trem precisou ser retirado de circulação após uma falha, na estação 114 Sul. Segundo a empresa, o trem seguia em direção à estação Central, na Rodoviária do Plano Piloto, quando começou apresentar problemas no freio. O vagão soltou fumaça devido ao atrito da pastilha. Por volta das 9h um usuário passou mal dentro do mesmo trem, na estação Galeria. O piloto seguiu viagem com velocidade reduzida e o paciente foi socorrido por seguranças da estação.
Ônibus e congestionamento
Muitos passageiros preferiram se deslocar para o trabalho de ônibus. O reflexo foram paradas de ônibus ainda mais cheias do que o habitual. Para quem optou por carro, sobrou congestionamento. Até por volta das 10h, motoristas enfrentavam congestionamentos ao longo da EPTG e na chegada à EPIG.
Impasse
A greve dos metroviários é fruto de decisão em assembleia realizada em 25 de outubro. Segundo o SindMetrô-DF, a categoria se coloca contra o não pagamento do reajuste salarial de 8%, estipulado em abril; a não convocação dos aprovados no último concurso; e o suposto excesso de comissionados nos quadros da empresa. ;Faltam funcionários e isso causa vários problemas: existe uma sobrecarga de trabalho e o limite mínimo nas estações não é respeitado;, reclama o diretor do SindMetrô Webert da Costa.
Com informações de Caroline Pompeu, Guilherme Pera e Mariana Fernandes<--[if gte mso 10]> <[endif]-->