Ailim Cabral
postado em 09/11/2015 00:15
Em assembleia realizada na noite deste domingo (8/11), os metroviários do Distrito Federal decidiram pela continuidade da greve, inciada há uma semana. Cerca de 100 trabalhadores participaram da reunião, na Praça do Relógio, em Taguatinga. Eles votaram uma contraproposta, que será apresentada hoje ao GDF. Caso o Executivo acate todos os pedidos, a categoria volta ao trabalho imediatamente.
Entre as exigências estão a garantia de convocação dos aprovados no concurso público realizado no início de 2014. Os metroviários querem ainda o cumprimento do acordo coletivo, firmado em abril deste ano, que prevê o pagamento do reajuste salarial, aprovado na gestão passada, com a reposição da inflação de 8,4%.
Paralisação repentina
[SAIBAMAIS]Os servidores do Metrô entraram em greve no último dia 3. Logo após o feriado de Finados, os brasilienses foram surpreendidos pela paralisação, que causou muito transtorno à população. De acordo com o sindicato da categoria, o serviço ficou limitado a oito dos 24 trens durante o movimento grevista. Os metroviários exigiam o cumprimento do acordo coletivo, firmado em abril deste ano, do pagamento do reajuste salarial para a categoria, aprovado na gestão passada, com a reposição da inflação de 8,4%.
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Os integrantes da categoria também reclamam do excesso de comissionados nos quadros da empresa. Com a greve do metrô, a alternativa dos usuários do transporte público na maioria dos dias de paralisação tem sido recorrer aos ônibus. As paradas e os coletivos ficaram mais cheios na primeira semana de greve.
Durante parte da paralisação dos metroviários, as faixas exclusivas para ônibus da Estrada Parque Taguatinga (EPTG) e da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) estão liberadas para o trânsito de todos os veículos. A medida do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) entrou em vigor na última quinta-feira. Por medida de segurança, a única via que não foi liberada é a faixa exclusiva do BRT Sul, já que os ônibus da linha funcionam normalmente.
Nos dias de greve, a direção do metrô tem colocado em prática um plano de contingência, em que várias estações ficam abertas somente para desembarque em horários de pico. A companhia também decidiu paralisar os trabalhos aos domingos durante a greve. Para atender regiões afetadas pelo movimento grevista, a Secretaria de Mobilidade determinou que 48 ônibus extras circulem pela cidade.
Alternativas
Na última quinta-feira, o governador Rodrigo Rollemberg se reuniu com sindicalistas de várias categorias e anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar alternativas de aumento de receitas que possibilitem o pagamento do retroativo a 32 categorias. A proposta animou alguns sindicatos, que viram na sinalização a possibilidade de avanços. Segundo o GDF, caso surjam fontes extras de arrecadação, os retroativos serão pagos a partir de 2017.
Esse grupo de trabalho terá integrantes do GDF e sindicalistas. ;Continuamos os diálogos com os sindicatos com o objetivo de retomar a normalidade dos serviços públicos. Avançamos na criação do grupo e, partir da garantia de receitas, construiremos um calendário de pagamento dos retroativos no próximo ano;, garantiu o chefe do Executivo durante o encontro.