Gerino, Gábia, Gersgorin, Coracilene, Zilzete, Gelmo, Otonildo, Emilte e Secundino. Esses brasilienses têm em comum mais do que o prenome exótico. Todos eles recorreram ao Judiciário para alterar a Certidão de Nascimento e ganhar uma nova alcunha. Mensalmente, a Vara de Registros Públicos recebe 30 processos de cidadãos insatisfeitos com os próprios nomes. Isso significa que, em média, uma pessoa recorre ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, todos os dias, com o desejo de ser chamada de forma diferente. Além de vexatórios, há casos de grafias esdrúxulas ou de quem enfrenta transtornos por causa da existência de homônimos.
Márcia Rodrigues Jorge, 36 anos, conseguiu mudar o nome depois de dois anos de espera. Registrada como Marcelina, a exemplo da avó paterna, ela é chamada de Márcia desde que nasceu. ;Isso sempre me trouxe problemas porque ninguém me conhecia como Marcelina. No dia do meu casamento, quando leram o meu nome, as pessoas se entreolharam com estranhamento. Na escola, na hora da chamada, eu sempre tinha de dar explicações;, relembra a mulher que trabalha em um cartório.
Para conseguir mudar a Certidão de Nascimento, ela teve de participar de uma audiência judicial. ;A minha prima falou como testemunha e contou que eu nunca fui chamada de Marcelina na vida. Levei cartas, cartões de aniversário e de Natal antigos e até o meu crachá funcional para provar que eu era a Márcia;, detalha. Depois da sentença, ela conseguiu estampar nos documentos pessoais o nome pelo qual sempre foi chamada.
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