postado em 23/11/2015 06:10
Diante do momento econômico atual, no qual os juros de financiamentos estão nas alturas, os brasileiros optam, cada vez mais, em adquirir um plano de consórcio. O setor apresentou um aumento de 2,5%, segundo a Associação Brasileira de Administradores de Consórcios (Abac). A modalidade alcança veículos, imóveis e serviços. Porém, em alguns momentos, nem todos conseguem arcar com as mensalidades. Com isso, a inadimplência entre os não contemplados até agosto deste ano é de 6,15%, enquanto, em dezembro do ano passado, foi de 5,13%. É nessa hora que o consumidor pode tentar negociar as dívidas, seja diminuindo o valor da carta final, seja suspendendo ou cancelando a participação no grupo (veja Como escapar da dívida).
Há menos de três meses, o operador de telemarketing Deyvison Souza Silva, 21 anos, entrou em um consórcio para automóveis. O jovem procurou uma administradora para financiar o bem, mas foi inserido em um grupo sem tomar conhecimento do assunto. ;Pensei que se tratava de um financiamento. Depois de saber de fato do que se tratava, tentei cancelar a participação;, comenta. Deyvison, então, foi informado de que os valores pagos não seriam restituídos de imediato. ;Investi um valor que não verei tão cedo;, lamenta.
Desde que comunicou a intenção de cancelamento, o operador de telemarketing deixou de pagar as mensalidades. Porém, as faturas continuam sendo geradas. ;Informei sobre isso e, até então, não tive nenhuma resposta satisfatória. Sinto-me no prejuízo com isso;, reclama. Mesmo com as dificuldades em cancelar o consórcio, Deyvison não pretende entrar na Justiça contra a administradora. Para reaver os quase R$ 1 mil pagos, ele vai esperar por 52 meses, que é quando se encerra o grupo.
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