Cidades

Integrantes do MRP se entregam à polícia após serem soltas por engano

As mulheres são acusadas de participar de um esquema de extorsão contra sem-teto no DF

postado em 08/12/2015 22:06
Ylka e Edson são acusados de extorquir integrantes do MRP
Após serem equivocadamente liberadas da prisão, duas integrantes do Movimento Resistência Popular pela Cidade (MRP) se entregaram à polícia na tarde desta terça-feira (8/12). Ylka Carvalho e Sandra Pereira Meireles foram à Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco) e colocaram-se à disposição. A unidade policial é responsável pela investigação de suposto esquema de extorsão de dinheiro no grupo de sem-teto, do qual as duas são suspeitas de participar.

Elas estavam foragidas desde sábado (5/12), quando saíram da cadeia pela porta da frente, por causa de uma decisão judicial mal interpretada. O habeas corpus revogava a prisão preventiva relacionada à associação criminosa. Mas o cárcere temporário ocasionado pela extorsão permanecia em vigor.

Ylka é mulher do líder do MRP, Edson Silva, acusado de forçar 80 militantes filiados ao movimento a pagar até R$ 300 mensais para permanecer no grupo. O dinheiro vinha da cobrança de parte dos R$ 600 pagos pelo Governo do DF aos integrantes do grupo. Para receber, os líderes usavam violência e faziam ameaças.

Fruto de trabalho

Segundo Edson, a mulher dele é advogada. Este foi um dos argumentos usados para justificar a compra de um carro no valor de R$ 85 mil, o apartamento em que o casal vive, em Taguatinga, e até quatro celulares avaliados em cerca de R$ 3,5 mil cada. ;Milha mulher é formada, tem carteira, trabalha; temos dinheiro para comprar itens parcelados;, disse ao Correio. Porém, no Cadastro Nacional de Advogados da OAB, o nome dela não consta como profissional.

A polícia, no entanto, acredita que o dinheiro para manter os luxos do casal seria fruto de extorsão. Estima-se que eles receberam R$ 150 mil com o esquema. Por isso, vão responder por organização criminosa armada, furto e extorsão. Podem pegar até 30 anos de prisão.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação