Adriana Bernardes
postado em 11/12/2015 10:21
Fraudes em licitação do transporte público e escolar de Planaltina de Goiás levou à prisão temporária de 10 pessoas, entre elas o ex-prefeito da cidade José Olinto Neto, o filho dele Eduardo Olinto, a atual vereadora Stella Maris Galvão Lombardi e Valdir Luiz de França, o Valdirzão, velho conhecido de políticos do DF pela atuação como cabo eleitoral marcada pela truculência (leia Perfil). Segundo a investigação do Ministério Público de Goiás, o grupo teria fraudado ao menos R$ 5 milhões nos processos licitatórios. Os desvios teriam ocorrido entre 2009 e 2012, durante o mandato de Olinto.
As prisões ocorreram na última quarta-feira, na Operação Fim da Linha, do Ministério Público de Goiás. Foram cumpridos 10 mandados de prisão temporária e 16 de busca e apreensão em cidades de Goiás e do DF. Na decisão, o juiz Alano Cardoso e Castro acatou parte dos pedidos do MPGO. Alguns presos, inclusive Valdirzão, foram encaminhados para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO). Um dos suspeitos, que não teve o nome revelado, está detido em um quartel militar do DF. Todos responderão por favorecimento em licitações públicas, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo o MPGO, as investigações apontam a existência de um conluio entre as empresas Transportadora Três Irmãs, JR Turismo e Setracon. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União revelou que elas apresentaram preços semelhantes nos pregões ; prática que, segundo o tribunal, tem como objetivo eliminar a concorrência, ao mesmo tempo em que impede a redução do custo do serviço, provocando assim, prejuízo aos cofres públicos.
Consta no processo que a proprietária da Transportadora Três Irmãs é a administradora Márcia Gisely da Costa Vale, também presa. Mas as investigações realizadas pelo Ministério Público de Goiás, inclusive por meio de escutas telefônicas, revelam a participação ativa de Valdirzão na transportadora. Segundo a investigação, entre 2009 e 2013, a empresa de Márcia foi a que mais recebeu dinheiro da Prefeitura de Planaltina de Goiás: R$ 2,5 milhões.
Domínio de rotas
Segundo o promotor Rafael Simonetti, o esquema beneficiou pelo menos três empresas de transporte escolar que operavam em Planaltina. Ao serem contempladas nos contratos para prestação do serviço na gestão do ex-prefeito, elas davam uma espécie de contrapartida a Olinto Neto. Dono de uma frota de transporte interestadual em Águas Lindas de Goiás, o ex-prefeito recebia ônibus coletivos como forma de pagamento. De acordo com Simonetti, a intenção dos criminosos era dominar as rotas de transporte de passageiros nas duas regiões.
A operação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Centro de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) do MPGO, em parceria com o Ministério Público do DF e com o apoio das polícias militares de Goiás e do DF. Os presos ficarão sob custódia do Estado por cinco dias para evitar a coerção de testemunhas e destruição de provas. Após isso, se os investigadores julgarem necessário, poderão pedir prorrogação do prazo de prisão.
As prisões ocorreram na última quarta-feira, na Operação Fim da Linha, do Ministério Público de Goiás. Foram cumpridos 10 mandados de prisão temporária e 16 de busca e apreensão em cidades de Goiás e do DF. Na decisão, o juiz Alano Cardoso e Castro acatou parte dos pedidos do MPGO. Alguns presos, inclusive Valdirzão, foram encaminhados para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO). Um dos suspeitos, que não teve o nome revelado, está detido em um quartel militar do DF. Todos responderão por favorecimento em licitações públicas, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo o MPGO, as investigações apontam a existência de um conluio entre as empresas Transportadora Três Irmãs, JR Turismo e Setracon. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União revelou que elas apresentaram preços semelhantes nos pregões ; prática que, segundo o tribunal, tem como objetivo eliminar a concorrência, ao mesmo tempo em que impede a redução do custo do serviço, provocando assim, prejuízo aos cofres públicos.
Consta no processo que a proprietária da Transportadora Três Irmãs é a administradora Márcia Gisely da Costa Vale, também presa. Mas as investigações realizadas pelo Ministério Público de Goiás, inclusive por meio de escutas telefônicas, revelam a participação ativa de Valdirzão na transportadora. Segundo a investigação, entre 2009 e 2013, a empresa de Márcia foi a que mais recebeu dinheiro da Prefeitura de Planaltina de Goiás: R$ 2,5 milhões.
Domínio de rotas
Segundo o promotor Rafael Simonetti, o esquema beneficiou pelo menos três empresas de transporte escolar que operavam em Planaltina. Ao serem contempladas nos contratos para prestação do serviço na gestão do ex-prefeito, elas davam uma espécie de contrapartida a Olinto Neto. Dono de uma frota de transporte interestadual em Águas Lindas de Goiás, o ex-prefeito recebia ônibus coletivos como forma de pagamento. De acordo com Simonetti, a intenção dos criminosos era dominar as rotas de transporte de passageiros nas duas regiões.
A operação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Centro de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) do MPGO, em parceria com o Ministério Público do DF e com o apoio das polícias militares de Goiás e do DF. Os presos ficarão sob custódia do Estado por cinco dias para evitar a coerção de testemunhas e destruição de provas. Após isso, se os investigadores julgarem necessário, poderão pedir prorrogação do prazo de prisão.