Cidades

Polícia indicia 91 donos de postos por cartel e aumento abusivo em GO

As investigações começaram logo o reajuste de 50% nos combustíveis, em 23 de julho. À época, policiais civis visitaram 114 postos em Goiás

Renato Alves
postado em 15/12/2015 14:39
Assim como ocorreu no Distrito Federal por meio da Operação Dubai, da Polícia Federal, donos de postos de combustíveis em Goiás foram indiciados por formação de cartel e aumento abusivo dos preços da gasolina e do etanol. A ação partiu da Polícia Civil goiana, que indiciou 91 empresários do setor, nesta terça-feira (15). As investigações, que tiveram início em julho, mostraram que não houve nenhuma justificativa para o aumento repentino nos valores, que chegaram a quase 50%. Na época, a Justiça de Goiás mandou os estabelecimentos voltarem ao preço antigo.

[SAIBAMAIS]As investigações começaram logo após o reajuste, em 23 de julho, quando policiais civis visitaram 114 postos. Após depoimentos e análise da planilha de custo, os investigadores perceberam um alinhamento indireto dos preços, pois não havia provas concretas que os donos dos estabelecimentos fizeram acordos formais.

Analisando as planilhas,os agentes comprovaram que não houve alteração nos gastos que comprovasse a necessidade de reajuste, pois não teve aumento de tributos e os produtos não ficaram mais caros nas refinarias e distribuidoras.

Os donos dos postos indiciados seguem em liberdade. O processo será encaminhado para o Poder Judiciário, que poderá pedir a prisão preventiva dos envolvidos. A pena dos crimes, somados, chega a 15 anos.

Cobranças abusivas

Em julho, os postos aumentaram os preços do etanol em quase 50% e o da gasolina em 20%. Na época, a Justiça mandou, na época, que 99 dos 341 postos de combustíveis de Goiânia retornassem os valores dos combustíveis ao mesmo valor que era praticado antes do reajuste. Além disso, ao ser constatado o alinhamento de preços, essa prática foi proibida.

Em agosto, no entanto, a Justiça determinou que os donos de postos poderiam aumentar o preço da gasolina e do etanol como achassem necessários, respeitando a livre concorrência entre os estabelecimentos, mas sem cobranças abusivas. Mesmo com uma nova alta, os preços cobrados eram inferiores aos adotados em julho.

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