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Balanço do GDF: realizações e promessas de campanha que não saíram do papel

Governador destaca a redução do rombo nas contas de R$ 6,5 bilhões para R$ 3 bilhões, graças a, segundo ele, aumento da arrecadação e corte das despesas. Mas admite que ainda há gargalos em setores importantes, como educação, saúde e transportes

Helena Mader
postado em 17/12/2015 07:37
Governador destaca a redução do rombo nas contas de R$ 6,5 bilhões para R$ 3 bilhões, graças a, segundo ele, aumento da arrecadação e corte das despesas. Mas admite que ainda há gargalos em setores importantes, como educação, saúde e transportes
As derrubadas na orla do Lago Paranoá, a redução de homicídios e o lançamento do programa de parcerias público-privadas foram as principais realizações do primeiro ano de gestão do governador Rodrigo Rollemberg. Ontem, ele reuniu todo o secretariado para apresentar um balanço do trabalho à frente do Palácio do Buriti. Mais uma vez, adotou o discurso de herança maldita e afirmou que recebeu um ;governo de terra arrasada;, mas prometeu avanços para 2016. Setores importantes, como saúde, educação e transporte, não tiveram muito espaço no balanço apresentado. Rollemberg reconheceu que ainda existem gargalos nessas áreas. Sobre a questão econômica, afirmou que o Executivo cortou despesas e aumentou a arrecadação, mas ainda enfrenta um rombo de R$ 3 bilhões. O governador deu nota sete para o primeiro ano de gestão. ;Mas prefiro que a população faça essa avaliação.;

A apresentação das ações de 2015 ocorreu no auditório do Memorial JK. Além de todo o primeiro escalão, secretários adjuntos, presidentes de empresas e de agências vinculadas ao governo participaram do anúncio. Logo no início do evento, Rollemberg afirmou que assumiu o Buriti com um rombo de R$ 6,5 bilhões. ;Isso exigiu muito sacrifício do governo e da população, mas estamos obtendo sucesso. Reduzimos o deficit e estamos caminhando para o equilíbrio financeiro.; Familiares de Rollemberg, como a primeira-dama, Márcia, e a mãe do governador, Teresa, assistiram à apresentação.



O chefe do Executivo disse que houve um esforço para reduzir as despesas durante o primeiro ano do mandato. ;Cortamos R$ 1 bilhão em despesas de custeio, como viagens, consultorias e cargos comissionados.; Mas declarou que ainda existe um deficit de R$ 3 bilhões. De acordo com a área técnica do GDF, com a crise macroeconômica, o governo deve manter a dificuldade para fechar a folha de pagamento em 2016. Entre os principais pontos apresentados pelo governo, estão o lançamento do aplicativo Siga Brasília e a renegociação de R$ 1 bilhão de débitos inscritos em dívida ativa. Na área social, o governador listou a inauguração da Casa da Mulher Brasileira, a reforma de conselhos tutelares e a criação da residência inclusiva para jovens e adultos com deficiência.

Gargalos
No balanço apresentado ontem, havia poucas realizações nas áreas de saúde, educação e transportes. A retomada da construção do Bloco 2 do Hospital da Criança e a redução de 18% nos casos de dengue foram mostradas como as grandes ações na área de saúde. Desde o início do ano, os hospitais públicos enfrentam problemas como desabastecimento de medicamentos, falta de pessoal, centros cirúrgicos fechados, problemas na UTI, e em setores como pediatria, cardiologia, oncologia e cirurgias eletivas.

O governador admite o gargalo na área. ;Reconhecemos os problemas na saúde. Quando assumimos, não havia remédio nas prateleiras dos hospitais e nós tínhamos um deficit financeiro enorme ; só na saúde a dívida chegava a R$ 600 milhões. Estamos equilibrando as contas e vamos garantir a ampliação da rede de assistência, a melhor gestão dos recursos humanos e dos insumos, para que a gente possa garantir um serviço melhor para a população.;

As promessas de campanha que não saíram do papel no primeiro ano
A superlotação de hospitais é um dos antigos problemas não resolvidos neste início de gestão
; Executar medidas para recompor salários e benefícios de servidores de diferentes carreiras.
; Fazer com que todas as escolas funcionem em tempo integral.
; Retomar o programa que garante um salário mínimo a todo aluno do ensino médio que concluir o ano com aprovação.
; Fornecer tablet para cada aluno do ensino médio das escolas públicas.
; Contratar, por concurso público, agentes comunitários de saúde para realizar ações preventivas.
; Implantar policlínicas odontológicas em todas as cidades.
; Construir o Hospital do Câncer.
; Devolver aos cidadãos, por meio do Nota Legal, os valores dos impostos recolhidos na compra de medicamentos.
; Criar o bilhete único para integrar todo o sistema de transporte coletivo.
; Construir a via Interbairros.
; Fazer uma linha de transporte rápido para Sobradinho, Planaltina e Formosa e de trem urbano para Luziânia.
; Inaugurar quatro restaurantes comunitários.
; Construir e equipar clínicas públicas para tratamento de dependentes de droga.
; Criar em todas as cidades centros de arte e cultura.

As realizações apresentadas pelo governo em 2015
A desocupação da orla do Paranoá foi um dos pontos positivos destacados por Rollemberg durante o seu primeiro ano de governo
; Corte de R$ 1 bilhão nas despesas de custeio, como viagens, combustível, aluguel e comissionados.
; Redução de 14,4% dos homicídios.
; Queda de 18,5% das mortes no trânsito.
; Lançamento do programa das parcerias público-privadas.
; Desobstrução da orla do Lago Paranoá.
; Retomada da obra do novo aterro sanitário.
; Obras de urbanização em regiões como Sol Nascente e Vicente Pires.
; Negociação de R$ 1 bilhão em dívidas inscritas na dívida ativa.
; Lançamento do aplicativo Siga Brasília.
; Reforma nas instalações físicas de conselhos tutelares.
; Inauguração de 13 novas creches.
; Reconstrução do Centro Educacional 7 de Ceilândia.
; Retomada da construção do Bloco 2 do Hospital da Criança.
; Repasse de R$ 33 milhões para projetos do Fundo de Apoio à Cultura.

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