Diversos órgãos do Governo do Distrito Federal fizeram, na tarde e na noite desta quinta-feira (17/12), a Operação Bares da Moda, na Asa Norte. O trabalho conta com equipes da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros, do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), da Vara da Infância e Juventude (VIJ), do Departamento de Trânsito do DF (Detran) e da Agência Fiscalizadora do DF (Agefis).
Os representantes dos diversos órgãos estão na Quadra 408 e multaram alguns estabelecimentos por ocuparem área pública. A Secretaria de Segurança Pública e Paz Social é responsável pela coordenação dos trabalhos.
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De acordo com a assessoria de imprensa da pasta, alguns bares foram autuados, mas fiscais decidiram não fechar nenhum estabelecimento hoje. A ação visa fazer flagrantes em irregularidades como invasão de área pública, falta de documentação e emissão de ruídos acima do permitido.
Ainda segundo a comunicação da secretaria ocorreram alguns bate-bocas com proprietários e gerentes de estabelecimentos por conta da cobrança de documentos, mas a ação transcorre tranquilamente. O balanço da operação será divulgado nesta sexta-feira (17/12).
Falta de diálogo
Os proprietários dos estabelecimentos apresentaram outra versão. Reclamaram da ostensividade da PM nos bares e no fechamento da 408 Norte. Uma das proprietárias do Pinella, Marta Liuzzi conta que recebeu uma multa de R$ 15 mil por ruído e foi impedida de usar a área pública que ocupava na calçada.
Ela explica, no entanto, que tem uma autorização do GDF para o uso de 85 m; e que paga as taxas exigidas. ;Essa declaração foi ignorada pela Agefis. Eles alegaram que não é um contrato. O problema é que é o único documento e a única forma que o GDF procede para o uso desses espaços. Também não souberam explicar o que estava de errado na notificação. Só falam que é papel deles e que, se quisermos, poderemos recorrer depois;, queixou-se.
Marta fechou as contas das mesas, mas os clientes decidiram permanecer no local. ;A representante do Ibram alegou que se eu não estivesse na área pública, eu não geraria barulho. Resumindo, eu não poderia ter clientes. Me senti coagida. Não tem diálogo. Tudo que eu queria era uma explicação, mas só nos diziam que estavam cumprindo a função deles;, completou.
Durante a ação, O Corpo de Bombeiros notificou 13 estabelecimentos por irregularidades que vão desde a falta de extintor de incêndio ao acondicionamento de alimentos feito de maneira errada. Participaram dos trabalhos 14 agentes do Ibram, cinco da Agefis, 10 do Detran, 22 policiais militares e dois homens do Corpo de Bombeiros.