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Corte de gastos do governo do DF chega à iluminação natalina

Nem a iluminação natalina escapou dos cortes de gasto do governo do DF este ano. Segundo a Casa Civil, foram gastos R$ 147 mil com a decoração, o que representa uma economia de 97% em relação ao ano passado

postado em 22/12/2015 06:18
Apenas uma árvore de luzes LED compõe a decoração. O Congresso Nacional ganhou iluminação em cascata

As luzes de Natal que impressionaram João de Santo Cristo, conforme contam os versos de uma das canções mais conhecidas da Legião Urbana, Faroeste Caboclo, aparecerão em uma versão mais modesta em 2015. A Casa Civil do DF revelou que os gastos públicos com a decoração deste fim de ano foram estipulados em R$ 147 mil, o que representa uma economia de 97% em comparação às decorações dos anos anteriores. Devido ao atual período de crise, foi cogitado até mesmo o cancelamento da decoração da capital. Porém, isso representaria uma ;grande tristeza no espírito da cidade;, além de frustrar turistas que vêm a Brasília, segundo a assessoria da pasta. Por isso, o governo optou por uma decoração mais simples e econômica.

O orçamento da decoração de 2013 foi de R$ 4,5 milhões e a maior parte do material foi reutilizada em 2014, sem gastos adicionais. Em 2012, o investimento na iluminação natalina representou R$ 1,5 milhão. A solução adotada em 2014 ; de reaproveitar os enfeites ; não poderia ser repetida neste ano, porque os materiais já apresentavam sinais de deterioramento devido à constante exposição ao sol e à chuva. A solução encontrada foi a instalação de uma cascata de luzes de LED na faixada do Congresso Nacional e árvores de 20m foram montadas na Esplanada dos Ministérios, no Palácio do Buriti e em outros nove pontos da cidade em que o movimento é intenso.

Para a turismóloga Emília Marreiro, 45 anos, a Esplanada está mais triste: não há decoração nos ministérios e a Torre de TV virou um breu. ;Não é só em Brasília que houve uma redução das luzes natalinas, mas aqui a situação está muito ruim, pois os piscas-piscas nas árvores não chamam a atenção e quem faz turismo nesta época do ano quer ver a cidade enfeitada e bonita;, opina. Apesar de sentir falta da decoração dos anos anteriores, o vendedor Roberto Santana, 34, entende que o momento é de corte de gastos no governo. Ainda assim, reclama. ;Se o dinheiro economizado nisso fosse usado para manter os hospitais, por exemplo, tudo bem, mas não é assim que acontece.;

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