Sibele Negromonte
postado em 24/12/2015 13:03
O planeta ganha, este ano, um presente especial de Natal: uma imensa e linda lua cheia. Pode até parecer uma informação banal, mas, ao contrário do que costumam mostrar os filmes natalinos de Hollywood, o fenômeno é raro. A última vez que a lua redonda brilhou em sua plenitude durante uma noite natalina foi em 1977. E sabe quando ela dará de novo o ar da graça em um 25 de dezembro? Em 2034. Isso mesmo. Só daqui a quase duas décadas.
Para ganhar contornos ainda mais cinematográficos, a lua de amanhã tem até nome: full cold moon ; ou lua cheia fria, em livre tradução. Isso porque se trata da lua cheia do mês de dezembro, a que marca o início do inverno no Hemisfério Norte. Nessa época, ela costuma ficar com toda a superfície visível e mais branca do que nunca. Pelas bandas de cá, ao contrário, representa a primeira do verão.
Quer mais uma curiosidade? De 1900 até 2099 existirão apenas oito noites de Natal com lua cheia. No caso da deste ano, ela poderá ser vista já a partir de hoje e terá seu pico amanhã, às 9h11, aqui em Brasília, de acordo com a Nasa. Mas a melhor visualização será por volta das 20h.
Para os céticos, trata-se de mais um fenômeno da natureza a ser admirado. Para os místicos, pode representar um sinal. Positivo, claro. Prefiro seguir o segundo grupo. Não entendo nada de astrologia, mas, para mim, a lua cheia sempre trouxe boas vibrações. E não apenas estéticas ; não há como negar a beleza das noites enluaradas. Foi em noites de lua cheia que os meus dois filhos nasceram. Sob a regência dela, também vivi agradáveis e inesquecíveis momentos ao longo da minha existência.
Em uma rápida pesquisa, descobri que a lua cheia simboliza o amor e a maternidade. O casamento perfeito, portanto, para uma noite de Natal, em que o amor e o renascimento são celebrados. Para mim, os sinais estão mais do que claros. Depois de um ano difícil, em que a violência, a intolerância, o egoísmo e, sobretudo, o desamor predominaram, é bom terminar 2015/iniciar 2016 com essa pitada de esperança.
Que tragédias, como a do Bataclã, de Mariana, da microcefalia ; só para citar algumas ; fiquem definitivamente enterradas em 2015. E que o novo ano venha repleto de coisas belas, como uma linda lua cheia.