Cidades

Alunos da UnB em Ceilândia perdem pesquisas por falha de energia no campus

A instabilidade no fornecimento de luz é um problema que os alunos reclamam há meses. Eles temiam a perda de projetos em razão do início do período chuvoso, o que aconteceu

postado em 05/01/2016 17:37
Estudantes de pós-graduação da Universidade de Brasília em Ceilândia (FCE) perderam pesquisas em andamento em razão da falta de energia na instituição na manhã de segunda-feira (04/01) que durou cerca de uma hora. A instabilidade no fornecimento de luz é um problema que os alunos reclamam há meses. Eles temiam a perda de projetos em razão do início do período chuvoso, o que aconteceu.

Karollyne Morais, 27 anos, participa do programa de pós-graduação em Ciência da Saúde e estuda cultura de células de câncer, mantidas em estufa. Ela conta que na queda de energia na segunda-feira a estufa se desregulou e alterou os parâmetros. "Isso matou todas as células que há quatro meses estávamos observando", lamenta. A estudante revela que não foi a única. "O freezer tem amostras de vários alunos e inúmeros projetos que também sofreram perdas."

Essa não foi a primeira vez que a veterinária teve prejuízo. Em outubro ela perdeu amostras biológicas do estudo sobre o composto MST312, que pode gerar um novo protocolo de identificação de células com câncer, quando o campus ficou às escuras por 12 horas. O caso afetou seis meses do trabalho. ;A universidade parece fazer pouco caso, protelando uma solução. Investimentos foram feitos nesses projetos, gastamos tempo e dedicação. Quando algo é publicado em congresso ou revistas científicas, é o nome da universidade que estamos levando;, reclama. Ela precisa dos dados da pesquisa até o fim do primeiro semestre de 2016 para cumprir o prazo do curso.
[SAIBAMAIS] A reportagem procurou a Secretaria de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB). Em dezembro o Correio noticiou que o campus têm dois geradores há cinco anos, mas sequer foram instalados. Na época a prefeitura do campus disse que os equipamentos seriam instalados no início do segundo semestre de 2016.
Com informações de João Vitor Silva

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