Mesmo com o petróleo em queda no mundo, postos de combustíveis do DF começam a aumentar o preço por litro de gasolina desde o começo da manhã desta quinta-feira (7/1). Alguns postos já cobravam R$ 3,97 em Taguatinga e outros chegavam a R$ 3,89, na Asa Norte e no Lago Sul. A justificativa, segundo os funcionários, seria o aumento no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Leia mais notícias em Cidades.
Em fevereiro, a Câmara aprovou aumentos de impostos que começariam a valer em 2016. O ICMS pago na gasolina e em serviços de telefonia sobe de 25% para 28%, e no diesel, de 12% para 15%. O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF disse que não vai se pronunciar sobre o assunto. Ressaltou, no entanto, que os donos de postos é que decidem sobre esses reajustes.
Na noite desta quarta-feira (6/1), os rumores de aumento no valor do combustível na segunda-feira (11/1) causaram uma movimentação atípica em alguns estabelecimentos. Os motoristas fizeram filas para aproveitar o valor, em média de R$ 3,79, segundo frentistas, para encher o tanque. Em um posto na EPTG, embora a tabela marcasse R$ 3,97 o litro, funcionários informaram estar autorizados a cobrar R$ 4 pela mesma quantidade do produto.
Na Asa Norte, o cenário foi o mesmo. A placa mostrava um preço, mas o frentista cobrava outro. A justificativa dada pelo funcionário é a de estar "seguindo ordens". Quando o cliente reclamava, eles recuavam. Um posto no Sudoeste instruiu os frentistas a "avisar" que, a partir da semana que vem, pode haver aumento de 11 centavos no litro.
Em novembro, dirigentes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) avaliaram que os preços da gasolina e do etanol comercializados no Distrito Federal deveriam cair fortemente assim que foi deflagrada a Operação Dubai, sobre um esquema de cartel nos postos de gasolina do DF, com a Polícia Federal e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).