Otávio Augusto
postado em 16/01/2016 17:17
O Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) está suspenso em todo país. O mapeamento identifica os criadouros predominantes e a situação de infestação do mosquito nas cidades e permite o direcionamento das ações de controle para as áreas mais críticas. O documento é elaborado a partir de indicadores fornecidos pelas equipes de vigilância epidemiológicas das secretarias de saúde. Na última quarta-feira (13/1), o Ministério da Saúde pediu que todos os estados e o Distrito Federal suspendessem o levantamento para que os agentes de endemias "concentrem os esforços no combate". A Secretaria de Saúde do DF confirmou a determinação. Cerca de 20 mil domicílios foram visitados desde o último trimestre, durante a campanha mais recente de controle ao mosquito.
Na capital federal, a Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS) coordena os trabalhos. Interlocutores da pasta garantiram ao Correio que o levantamento estava em fase final e que nas próximas semanas haveria apenas a consolidação dos dados. Por telefone, a assessoria de comunicação do Ministério da Saúde explicou a suspensão: segundo a autarquia federal, o LIRAa está suspenso, pois "todos os domicílios das cidades serão visitados devidoa o momento ;crítico; que o país passa em relação ao controle do Aedes aegypti".
Em 11 de novembro do ano passado, o Ministério da Saúde decretou situação de emergência na saúde pública por conta do aumento repentino dos casos de microcefalia associados à contaminação por zika vírus, transmitido pelo Aedes aegypti.
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Como é feito
A cidade é dividida em grupos de 9 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes. Em cada conjunto, são pesquisados 450 imóveis. Os estratos com índices de infestação predial inferiores a 1% estão em condições satisfatórias. De 1% a 3,9% estão em situação de alerta. Em casos acima de 4%, há risco de surto de doenças transmitidas pelo Aedes.
No site da Secretaria de Saúde, o LIRAa mais recente disponível é o de março de 2015. No estudo, o índice de infestação do DF deu estado de alerta: 1,69% ; vinte regiões administrativas (64,5%) apresentaram situação de alerta; nove (29%) infestação satisfatória; e duas (6,5%) estavam em risco de surto. Em relação ao mesmo período de 2014, o índice de infestação do DF apresentou a mesma classificação de alerta.