Cidades

Jovens esportistas brasilienses compartilham histórias de superação

Em um ano olímpico, promessas brasilienses continuam a surgir e a brilhar nos cenários local e nacional. Para chegar à ponta, eles não superam somente os adversários, mas principalmente as dificuldades para treinar e seguir competindo

Especial para o Correio
postado em 17/01/2016 08:10
Milena (de branco) e Luiza têm histórias semelhantes de superação e de vitória no judô e na vida
O Distrito Federal é um celeiro de esportistas. Qualquer técnico ou entendedor do assunto sabe que a afirmação é verdadeira e pode ser constatada com nomes como Joaquim Cruz, Kaká, Nelson Piquet e Lúcio, entre outros. Mas essas mesmas pessoas confirmam que, para chegar ao topo, é necessário muito esforço. Os jovens esportistas brasilienses precisam ralar de verdade quando falamos em esporte de alto rendimento, em um país no qual o investimento ; na área e nos atletas ; não se compara à força de vontade. Eles que, em meio às obrigações básicas e institucionalizadas pelo padronizado ;futuro melhor;, derramam suor em busca de seus sonhos e do futuro que realmente desejam alcançar; mais do que uma medalha olímpica, o objetivo é se superar.

;Se não fosse o judô, eu não chegaria aonde estou.; Ao dizer isso, Thayná Castro não se refere a medalhas, títulos ou troféus. O esporte, para ela, significa muito mais do que tais premiações. A moradora do Setor O, em Ceilândia Norte, atribui ao judô a aprovação no vestibular na Universidade de Brasília. Com apenas 18 anos, ela está prestes a começar o terceiro semestre de arquitetura e urbanismo. A realidade que Thayná experimenta atualmente é rara entre os colegas da região administrativa. ;Não é fácil estar naquele meio e não se influenciar: muitos amigos estão presos, minha vizinha está grávida. É a realidade em que eu vivo. Podia ser eu;, explica. De acordo com ela, os cuidados que a arte marcial exige dos atletas a obrigaram a seguir um caminho regrado por bem-estar, saúde, autocontrole e boa alimentação. ;O principal do judô é isso, você consegue absorver o mundo externo, filtrando o que é bom e o que é ruim. Tem toda uma rotina, não é apenas o treino;, justifica.

Atualmente, a universitária não compete mais. Parou desde que ingressou no ensino médio, como forma de priorizar a educação. Mas não se importa. Para ela, a luta é uma ;válvula de escape;, segundo definição dela mesma. Contudo, não deixa de fazer planos relacionados ao judô. Ela pensa, por exemplo, em se tornar professora. ;É o que me faz bem;, define. Há seis anos, Thayná divide o tatame com Milena Alves, que, assim como ela, também planeja virar treinadora. Milena, 15 anos, é moradora do Recanto das Emas e, neste ano, ganhou uma bolsa do Serviço Social da Indústria (Sesi) para praticar o esporte e se aprofundar nos estudos. A conquista veio por conta dos resultados em competições. Com a faixa marrom, ela levou o primeiro lugar no ranking de Brasília em 2012, 2013 e 2014, vice nos Jogos Escolares por equipe e terceiro na Copa Minas.

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