Cidades

Polícia investiga ex-mulher de homem encontrado carbonizado em Samambaia

Embora não seja a principal linha de investigação da polícia, o envolvimento da família na morte de James foi motivado pelo seguro de vida deixado por ele

postado em 19/01/2016 19:01
Embora não seja a principal linha de investigação da polícia, o envolvimento da família na morte de James foi motivado pelo seguro de vida deixado por ele
A ex-mulher e o filho de James de Castro Henriques, 46 anos, que teve o corpo carbonizado no porta-malas do carro dele, em Samambaia, estão entre os suspeitos de cometer o crime. Desde a última quinta-feira (14/1), quando foi encontrado, investigadores da polícia tentam desvendar as motivações do assassinato. Entre as suspeitas estão assalto ou queima de arquivo, pois James tinha um seguro de vida cujos beneficiários supostamente seriam os familiares.

Embora não seja a principal linha de investigação da polícia, o envolvimento da família na morte de James foi motivado pela busca de informações da ex-mulher dele, Cristiane de Oliveira Rodrigues, 43 anos, e do filho do casal, 18, sobre uma indenização a que supostamente teriam direito caso ele morresse de maneira violenta, como ocorreu. ;A ex-mulher não é a principal suspeita, e é claro que existe essa história do seguro. Contudo, formalmente, não há nada provado;, disse o delegado-chefe da 26; Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) José Eduardo Galvão, responsável pelo caso.

Cristiane Rodrigues tem sete passagens pela polícia por furto e estelionato. Ela teria roubado peças de joalherias da cidade e escondido em um carrinho de bebê. Parentes informaram à investigação que o filho do casal, James de Castro Henriques Junior, 18 anos, teria esfaqueado o pai depois que eles brigaram. Contudo, a investigação foi até o IML e constatou, no laudo da perícia, que não havia marcas de perfurações, novas ou antigas, no corpo dele. James Henriques, que trabalhou de analista de empréstimo da Poupex, foi espancado antes de morrer, mas nunca foi esfaqueado na vida.

O relacionamento entre James Henriques e Cristiane era tenso. Eles estavam separados desde que a mulher registrou ocorrência contra ele, que foi preso por infringir a Lei Maria da Penha. Foi preciso pagar R$ 2 mil de fiança para que a vítima fosse liberada. Desde então, houve pouco contato entre o ex-casal. Os celulares de James, de Cristiane e de James Junior foram confiscados. O último contato registrado nos aparelhos mostrava uma conversa entre pai e filho quase 24 horas antes do crime.

A hipótese de assalto ainda não foi descartada, tanto que a polícia pediu a quebra de sigilo bancário da vítima. ;É claro que existe essa possibilidade, e por isso pedimos aos bancos em que James tinha conta para nos mandarem os extratos. Assim, será possível identificar se houve latrocínio ; roubo seguido de morte", concluiu Galvão.

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