Cidades

Contrabando: homem é preso com R$ 400 mil em produtos vendidos pela família

O contrabando era distribuído nas 11 lojas cuja propriedade seria dos parentes dele

postado em 20/01/2016 19:00
Um homem acusado de contrabandear produtos de beleza para vender na rede de lojas da família dele foi preso com R$ 400 mil em mercadorias não-declaradas. Ricardo Rodrigues de Carvalho, 39 anos, estava com aproximadamente 8 mil itens voltados para o tratamento dos cabelos, como xampus e hidratantes, vindos dos Estados Unidos. Três deles não tinham autorização para ser comercializados no Brasil.
Produtos expostos na loja da 415 Sul: mercadoria com preço abaixo do valor de mercado
O suspeito foi detido no depósito da rede varejista, na 415 Sul. A família de Ricardo seria sócia de, pelo menos, 11 unidades comerciais. ;A mãe dele e a irmã são comprovadamente donas das lojas. Ainda não foram ouvidas porque estão na Bahia, mas, quando voltarem, virão à delegacia. Poderão responder, assim como ele, por contrabando e descaminho;, explicou a delegada-chefe da Delegacia de Combate aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (Dcpim), Mônica Ferreira.
Sacolas com xampus que iriam para a 710 Norte. A loja pertence à irmã do preso
Esta não é a primeira vez que Ricardo tem problemas com a polícia. A ficha criminal dele inclui 16 ocorrências, que vão desde homicídio culposo a estelionato, receptação e direção perigosa. Batizada como Operação Medusa, a busca mobilizou 44 policiais civis e servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para verificar a existência dos produtos que são proibidos no país.
O produto Crece Pelo não tinha autorização para ser vendido no Brasil
Ainda não há pistas sobre a origem dos produtos de beleza. A delegada diz que eles são autênticos, mas, como eram vendidos por valores abaixo do mercado, ainda serão analisados. O que falta descobrir é se Ricardo de Carvalho viajava para o exterior para comprá-los, adquiria na internet, ou recebia de outra pessoa. ;O certo é que ele não apresentou nenhuma nota fiscal. E esse é o motivo dele ser acusado de descaminho: não pagou imposto;, contou Mônica Ferreira. Caso seja condenado, o suspeito pode pegar até nove anos de prisão.

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