O jovem Luiz Manuel Coutinho, de 18 anos, cobrou, nesta sexta-feira (22/1), justiça pela morte do pai, o sargento da Polícia Militar Luiz Cláudio Coutinho, assassinado em janeiro de 2015. Em sua conta do Facebook, o brasiliense publicou um texto em que critica a falta de compromisso da Polícia Civil da cidade em tentar resolver o caso.
Num post emocionante, Luiz Manuel tenta conscientizar as pessoas sobre a importância da vida e da família. ;Pense que da mesma forma que você tem família, ele também tinha. A dor é grande, mas temos que seguir em frente, porque a vida não para;. O jovem disse ainda que o pai foi um ;guerreiro que entrou na frente das balas para proteger a pessoa que estava ao seu lado; e, depois de ficar uma semana no hospital, faleceu.
;Ele lutava pela segurança da cidade, mas a justiça não funciona para todos. Na época, aproximadamente 10 policiais militares faleceram, e todos os suspeitos foram encontrados. Menos os do meu pai;, protestou. Luiz contou que, mesmo após um ano na morte do pai, ele e a família ainda se sentem inseguros dentro de casa. ;Quatro homens o mataram perto daqui, e a polícia não faz nada. Como devo me sentir?;, afirmou.
Entenda o caso
O sargento de 48 anos foi atingido por tiros, em Taguatinga Norte, e morreu em janeiro deste ano, no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Ele levou ao menos quatro tiros quando entrava no carro, na QNM 36, conjunto K, no setor M Norte. Coutinho foi abordado por dois homens armados, um com revólver calibre .32 e outro com calibre .38.
Segundo a PM, os criminosos teriam pedido a arma do militar. No entanto, ele reagiu e tentou sair do carro quando foi alvejado com quatro tiros. Na ocasião, o Corpo de Bombeiros prestou os primeiros socorros e encaminhou a vítima para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Depois, ele foi transferido para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) para passar por exames e cirurgia.
O militar trabalhava na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Um dos disparos atingiu a cabeça da vítima de raspão, mas a bala chegou ficar alojada no couro cabeludo. Os outros dois acertaram os braços da vítima e o último atingiu o peito do homem.
Os criminosos não levaram nada do policial. Na época, havia duas testemunha no caso. Tratam-se de dois vizinhos da vítima, que ouviram os disparos.