Cidades

Sete em cada 10 pessoas morrem sem conseguir o transplante de órgãos

Hoje, o fator determinante é a recusa das famílias dos possíveis doadores

Otávio Augusto
postado em 24/01/2016 07:35
Hoje, o fator determinante é a recusa das famílias dos possíveis doadores

A doação de órgãos é um tema que coloca lado a lado vida e morte e, para muitos pacientes, essa é a única alternativa de cura. Contudo, 38% dos possíveis doadores não completam a ação no Distrito Federal. No ano passado, 51,2% dos brasilienses que precisavam do procedimento não conseguiram. Dos 1.382 que estavam na fila de espera por um coração, córneas, fígado ou rim, apenas 674 chegaram ao centro cirúrgico. Indicadores da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) revelam que, em média, sete em cada 10 pessoas morrem sem conseguir o transplante.

Hoje, o fator determinante é a recusa das famílias dos possíveis doadores. Entre as 73 famílias entrevistadas, 28 se negaram a disponibilizar os órgãos. ;Até 2014, a média de recusa tem caído. Com mais médicos na central de transplante, a gente sistematizou melhor o contato com as famílias e estreitou o relacionamento. Normalmente, são situações muito críticas, casos graves e as pessoas ficam abaladas;, explica Daniela Salomão, coordenadora da Central de Captação de Órgãos do DF.

O Brasil possui o segundo maior sistema de transplantes do mundo ; ano passado, o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou mais de 23 mil procedimentos. Perde apenas para o dos Estados Unidos, com cerca de 25 mil operações. ;Não faltam potenciais doadores, mas só aproveitamos cerca de 25%. Esse índice é preocupante, temos que melhorar a infraestrutura;, diz José Lima Oliveira Júnior, coordenador da comissão de remoção de órgãos da ABTO, especialista em transplante de coração.

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