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Rio transborda e centro histórico de Pirenópolis (GO) fica embaixo d'água

Distante 140km de Brasília, cidade goiana preserva algumas das mais antigas e importantes construções do estado

Renato Alves
postado em 27/01/2016 08:48
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O centro histórico de Pirenópolis (GO) amanheceu debaixo d;água. As fortes chuvas que caíram sobre a centenária cidade na madrugada desta quarta-feira (27/1) provocaram o transbordamento do Rio da Almas, que corta a parte mais antiga da localidade, distante 140km de Brasília. Ao menos um casarão veio ao chão.
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Além do Rio das Almas, que corta toda a cidade, o Córrego Lava-Pés também transbordou. No mais recente balanço feito pelo Corpo de Bombeiros, 14 residências e 10 comércios foram invadidos pela água e lama. O cenário se normalizou no fim desta manhã e as famílias, agora, limpam os imóveis. Durante a madrugada, a enxurrada chegou a arrastar três carros, dos quais dois estavam vazios.

No terceiro veículo, na Rua Direita, havia uma mulher. Ela conseguiu se segurar em um galho de uma árvore pela janela do veículo e conseguiu sair, mas ficou ilhada. Em seguida, foi resgatada por homens do Corpo de Bombeiros e não ficou ferida.

A Rua do Lazer, no Centro Histórico do município, teve cinco residências e 10 prédios comerciais invadidos pela água. Outra casa foi tomada pela chuva na Vila Godinho. Bombeiros resgataram moradores, mas ainda avaliam os danos causados pelos alagamentos.

A Secretaria de Ação Social de Pirenópolis informou que trabalha com os bombeiros para verificar se algum imóvel corre risco de desabamento. As margens do Rio das Almas foram interditadas. A Devesa Civil também atua no local e monitora a situação. Uma idosa teve o carro arrastado pela correnteza e precisou de socorro, pois estava ao volante. O muro de uma loja caiu, mas ninguém ficou ferido. Parte de uma ponte de madeira foi arrastada.
Conjunto tombado
Há cerca de 240 imóveis centenários em Pirenópolis, todos preservados, no centro histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1988. Outros 250 imóveis também fazem o visitante ter a sensação de voltar no tempo ao andar pelas ruas de pedra do município. Mesmo construídos recentemente, os casarões de fachadas em cor branca, janelões coloridos e grandes portas de madeira têm as mesmas características do ciclo do ouro e dos tempos dos engenhos de cana-de-açúcar.

Com informações de Gabriella Bertoni

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