Otávio Augusto
postado em 27/01/2016 18:33
A Secretaria de Saúde divulgou nesta quarta-feira (27/1) o mais recente panorama dos casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O número de casos confirmados subiu 84,2% desde a semana passada, chegando a 562.
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[SAIBAMAIS]Brazlândia, São Sebastião, Ceilândia e Planaltina são as cidades com maior número de casos, respondendo por 289 infecções, um percentual de 59% das contaminações ocorridas.
A Secretaria de Saúde registrou 23 casos suspeitos de zika vírus. Porém, não houve modificação no número de casos confirmados apenas três estão confirmados.
Houve ainda, nove casos suspeitos de febre chikungunya. No mais recente caso confirmado, o paciente reside no DF, mas segundo as autoridades sanitárias contraiu a infecção no município de Belo Jardim (PE).
Falta de remédios para diagnosticar e combater a dengue
A disparada das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti obriga autoridades sanitárias a intensificarem a prevenção e a notificação dos casos. Contudo, a Secretaria de Saúde admite que a capital federal tem somente 600 litros de biolarvicida, o veneno que mata as larvas do inseto e 280 litros de inseticida usado nos carros fumacês. A quantidade é o suficiente para apenas dois meses. Para uma piscina de 20 mil litros, por exemplo, é necessário um litro do produto. O Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia, do Ministério da Saúde, prevê que os estados estejam com estoques abastecidos por pelo menos seis meses de combate.
O diagnóstico das infecções também está comprometido. Faltam kits de testes para a detectar a dengue e a febre chikungunya. Segundo a Secretaria de Saúde, por questões operacionais os exames rápidos estão disponíveis somente nos pronto-socorros do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e do Hospital Regional do Guará (HRGu). Em Ceilândia, é possível encontrar na unidade de pronto atendimento (UPA). Entretanto, a reportagem esteve em sete unidades médicas, inclusive no Hran, e não havia o insumo.